EUA voltam a atingir Bagdad e matam comandante de milícia pró-iraniana

Estados Unidos prosseguem ataques de retaliação pela morte de três dos seus militares na Jordânia.

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EUA atingiram um veículo das Forças de Mobilização Popular Reuters/AHMED SAAD
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Os Estados Unidos atingiram esta quarta-feira um grupo armado pró-iraniano em Bagdad, no Iraque, e mataram um dos seus comandantes, que o Pentágono responsabiliza por ataques contra as suas tropas.

Segundo confirmaram as forças armadas em comunicado, os EUA "realizaram um ataque unilateral no Iraque, em resposta às ofensivas contra os militares norte-americanos, e mataram um comandante do Kataib Hezbollah, responsável por planear e participar em ataques às forças americanas na região". O mesmo comunicado não identifica o comandante morto, mas adianta que não há registo de vítimas civis.

Duas fontes do Pentágono revelaram à Reuters, sob condição de anonimato, que o comandante é Abu Baqir al-Saadi, responsável pelas operações do grupo na Síria, morto num ataque de drone a um veículo na zona Leste de Bagdad.

Uma dessas fontes acrescentou que foram registadas três vítimas mortais e que o veículo atingido era usado pelas Forças de Mobilização Popular, organização financiada pelo regime iraquiano e formada por dezenas de milícias, muitas delas com ligações ao Irão. O Kataib Hezbollah é uma delas.

No final de Janeiro, três soldados norte-americanos foram mortos e mais de 30 ficaram feridos na Jordânia, após um ataque com um drone à base militar conhecida como Torre 22, na fronteira com a Síria e o Iraque. A ofensiva foi atribuída a um grupo armado pró-iraniano a operar na Síria.

Desde o escalar da guerra entre Israel e o Hamas, a 7 de Outubro, o Iraque e a Síria têm sido palco de conflitos constantes entre milícias apoiadas pelo Irão e as forças norte-americanas no Médio Oriente.

Só na última sexta-feira, os EUA lançaram pelo menos 85 ataques aéreos contra alvos ligados ao corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, cumprindo a retaliação prometida pela administração Biden.

"Os Estados Unidos vão continuar a tomar as medidas necessárias para proteger os seus. Não hesitaremos em responsabilizar todos os que ameacem a segurança das nossas forças", avisou esta quarta-feira o Comando Central dos EUA (Centcom).

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