Isabel Camarinha deixa liderança da CGTP por limite de idade

Há 38 dirigentes que deixam a central sindical no próximo congresso, 19 dos quais por estarem próximos da idade da reforma. Mário Nogueira, líder da Fenprof, também sai dos órgãos da central sindical.

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Isabel Camarinha, de 63 anos, foi a primeira mulher a liderar a CGTP Matilde Fieschi
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No 15.º congresso da CGTP, que decorre nos dias 23 e 24 de Fevereiro, no Seixal, vão ser substituídos 38 dirigentes dos 147 que integram os órgãos da central sindical, entre os quais a secretária-geral, Isabel Camarinha.

Dos 38 dirigentes que vão ser substituídos, 19 estão de saída por terem atingido o limite de idade para acesso aos corpos sociais, como é o caso de Isabel Camarinha, e os restantes saem por terem sido substituídos na coordenação das uniões ou federações sindicais.

A CGTP tem um limite de idade para o acesso aos corpos sociais da central. Ou seja, os sindicalistas não podem candidatar-se a um novo mandato quando têm a perspectiva de atingir a idade de reforma (os 65 anos, neste caso) nos quatro anos seguintes.

Além de Isabel Camarinha, que tem 63 anos e no decurso de um próximo mandato atingiria os 67, saem também por limite de idade Mário Nogueira, líder da Federação Nacional dos Professores (Fenprof ); José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans); Libério Domingues, ex-coordenador da União de Sindicatos de Lisboa; e Vivalda Silva, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas (STAD).

A lista dos 147 candidatos ao conselho nacional da CGTP, que renova 26% dos dirigentes e será levada ao congresso, "foi aprovada no dia 25 de Janeiro por unanimidade", disse à Lusa o dirigente Filipe Marques, responsável pelo departamento de organização sindical.

Assim que for eleito no congresso, o novo conselho nacional da CGTP tem a responsabilidade de eleger a comissão executiva e o próximo secretário-geral da intersindical, embora normalmente o nome se conheça antes desse momento.

Isabel Camarinha foi a primeira mulher a assumir a liderança da CGTP, tendo sido eleita em Fevereiro de 2020, pouco antes de a pandemia ter obrigado o país a vários confinamentos.

Antes de substituir Arménio Carlos como secretário-geral da CGTP, Isabel Camarinha era presidente do Sindicato do Comércio e Serviços de Portugal (CESP) e coordenadora da Federação dos Sindicatos do Comércio e Serviços de Portugal.

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