O mal-estar na agricultura que criou um barril de pólvora

Excesso de burocracia da PAC, quebra de rendimentos, exigências ambientais rígidas, o desprestígio social ou a “concorrência desleal” criaram um clima que levou a União à beira de um ataque de nervos.

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Agricultores franceses tentam bloquear Paris EPA/YOAN VALAT
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Durante a pandemia, quando as economias se fecharam e as rotas globais do comércio se reduziram, a União Europeia e, em geral, os europeus renderam-se ao trabalho e ao esforço dos agricultores para garantir a segurança alimentar no continente. Esta semana, nas ásperas manifestações que ocorreram em vários pontos da Europa, uma frase inscrita num cartaz gigante exibido na auto-estrada entre Paris e Bruxelas revelava um sentimento de esquecimento, ou desprezo, que se foi acumulando desde então: “Ursula, estamos aqui”, escreveram os agricultores. O que aconteceu em tão breve espaço de tempo para que os agricultores europeus passassem do estado de graça para os protestos na rua, que incluíram bloqueios a portos ou de importantes vias rodoviárias em Portugal, Bélgica, França, Alemanha ou Roménia?

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