Enfermeiros em greve até 2 de Janeiro

Profissionais de saúde reinvidicam aumentos salariais de 52 euros. Greve prolonga-se até 2 de Janeiro.

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Greve dos enfermeiros Rui Gaudencio/Arquivo

Os enfermeiros iniciam esta quinta-feira, 21 de Dezembro, quase duas semanas de greve, que se prolonga até 2 de Janeiro, para exigir a paridade com a carreira técnica superior da Administração Pública.

A paralisação foi convocada pelo Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos (SITEU), que reivindica aumentos salariais de 52 euros, de forma a igualar os 1333,35 euros que os técnicos superiores da Administração Pública recebem a partir do nível 16.

Segundo a presidente do sindicato, Gorete Pimentel, o tema chegou a ser levado ao Ministério da Saúde, que se comprometeu a resolver a situação até ao final do ano, mas a demissão do Governo deixou entretanto os enfermeiros sem resposta.

Na segunda-feira, um grupo de cidadãos, incluindo médicos como Sobrinho Simões e Júlio Machado Vaz, apelou aos profissionais de saúde que suspendam, até à posse do novo Governo, formas de luta que comprometam o acesso dos doentes aos cuidados de saúde.

"Apelamos aos sindicatos e aos profissionais de saúde individualmente para que suspendam as greves e outras formas de luta que de algum modo possam comprometer o acesso aos cuidados de saúde, até que haja de novo um interlocutor legitimado pelo voto", explicava o grupo, que inclui médicos e enfermeiros, mas também artistas, professores e músicos, numa petição com mais de 500 subscritores.

Além da greve do SITEU, decorre desde 3 de Novembro uma greve ao trabalho extraordinário convocada pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), que se vai prolongar até ao final do ano.

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