Stock de Certificados de Aforro caiu pela primeira vez em 22 meses

Alteração das condições de rentabilidade afasta aforradores neste tipo de produto de poupança.

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Ricardo Lopes
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A subida ininterrupta do saldo dos Certificados de Aforro (CA) que se verificava desde há 22 meses foi interrompida em Novembro. O montante colocado neste produto desceu 7,86 milhões de euros, fixando-se em 34.063,64 milhões.

De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), o stock total de Certificados de Aforro e do Tesouro (CT) caiu para 45.274,64 milhões de euros, uma diminuição de 244,75 milhões face a Outubro.

Nos CT, desde 2021 que se verifica um montante de resgates muito acima das novas subscrições, em parte pela chegada à maturidade de várias aplicações. Os dados do BdP mostram uma redução para 11.211 milhões de euros do stock deste produto, menos 236,89 milhões de euros do que no mês anterior.

No caso dos CA, a quebra nas novas subscrições já acontece desde o Verão – a reflectir a decisão do Governo de suspender a série E e de lançar a actual série F, com uma taxa de rentabilidade mais baixa –, mas a evolução do stock mostra que o volume de resgates foi superior.

Com a alteração de Junho, a taxa-base dos CA da série F, a única em que é possível fazer novas subscrições, caiu de 3,5% para 2,5%.

Os dados concretos sobre o volume de subscrições e resgates só serão conhecidos com a divulgação do Boletim Estatístico de Novembro, por parte do IGCP, a entidade que gere a dívida pública.

De acordo com os dados do IGCP para Outubro, as novas subscrições caíram em mais de 25% em relação ao mês anterior, enquanto as amortizações superaram os 230 milhões de euros, o valor mais alto desde 2012.

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