Vídeo: Um voo panorâmico e um regresso ao passado do Vale do Côa

A arte rupestre do vale celebra 25 anos como Património Mundial. Um dos vídeos mais recentes a destacar o parque foi realizado por Miguel Gonçalves Mendes e tem música de Noiserv (David Santos)

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Uma imagem do vídeo dedicado ao parque e museu do Côa dr
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Miguel Gonçalves Mendes e David Santos (Noiserv) miguel manso
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Começa com um voo panorâmico a rasgar a neblina sobre o betão virado para os vales dos rios este novo vídeo promocional do Parque Arqueológico do Vale do Côa, um olhar do realizador Miguel Gonçalves Mendes com música de David Santos (Noiserv). Um vídeo que chega mesmo a tempo das comemorações dos 25 anos da inscrição (a 2 de Dezembro de 1988) dos Sítios de Arte Rupestre do Vale do Côa na lista do Património Mundial da UNESCO.

“Às vezes, quando precisas de te encontrar, tens de mergulhar na escuridão. Até ao fundo das coisas, perdido no teu próprio labirinto”. O pequeno filme de cerca de três minutos vai-nos conduzindo ao ritmo de poesia através do “maior sítio do mundo, ao ar livre, de arte rupestre paleolítica”. “Para compreender quem tu és, tens de compreender quem tu eras. Só a tecnologia mudou, tu continuas o mesmo. Com os mesmos medos, a mesma esperança, à procura de algum significado. O segredo de quem tu és, reside na nossa própria história.”

FUNDAÇÃO VALE DO CÔA - VERSÃO PT-PT from JumpCut on Vimeo.

Tendo como ponto de partida as vistas sobre o Museu do Côa (projectado por Camilo Rebelo e Tiago Pimentel e inaugurado em 2010), que monta guarda à foz do rio homónimo, a dupla guia-nos às profundezas do museu, para “observar o reflexo da evolução, do toque humano na arte”, através do diálogo entre a arte contemporânea e a arte rupestre paleolítica, separadas por mais de 20 mil anos.

Miguel Gonçalves Mendes (n. 1978, Covilhã) prossegue desta forma um trabalho documental que tem vindo a desenvolver e que reflecte aquilo que nos move como seres humanos e que, ao mesmo tempo, constitui um acervo da História de Portugal do século XX, através de retratos como José Saramago (José e Pilar), Eduardo Lourenço e Siza Vieira (O Labirinto da Saudade) e Mário Cesariny (Autobiografia).

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A dupla de criadores do filme promocional Miguel Manso

Em pós-produção, o realizador tem O Sentido da Vida, a partir de duas mil horas de material filmado à volta do mundo, acompanhando o brasileiro Giovane Brisotto (1987-2018), afectado pela paramiloidose, aliás “doença dos pezinhos”, pelo rumo que a doença tomou pelo mundo. Pelo meio, cruzam-se os percursos da política brasileira Marina Silva, da artista japonesa Mariko Mori, do actor porno americano Colby Keller, do juiz espanhol Baltasar Garzón, do astronauta dinamarquês Andreas Mogensen, do compositor islandês Hilmar Oth Hilmarsson e de Valter Hugo Mãe. “

No vídeo sobre o Parque Arqueológico do Vale do Côa, entre as paisagens do Vale do Côa e da Região Vinhateira do Alto Douro, a curta, produção da JumpCut, ameaça desvendar os mantos da Parque Arqueológico e os seus três sítios de arte rupestre paleolítica visitáveis onde podemos perceber onde estávamos há vinte mil anos. “Há mais de 600 rochas identificadas e muitas ainda ansiosas para serem descobertas. Venha explorar o passado, para entender o nosso futuro.”

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