Um país velho e conservador que finge estar cheio de radicais
Esta conversa de jardim-escola tem sido o essencial do debate político português desde que Marcelo Rebelo de Sousa convocou eleições. “Tu és radical! Não, radical és tu!”
Pedro Nuno Santos jura que não é radical – o radical, claro está, é Luís Montenegro, mais radical até do que Passos Coelho, porque mostra disponibilidade para vir a coligar-se com a imensamente radical Iniciativa Liberal. José Luís Carneiro, por seu lado, insinua que o radical é Pedro Nuno Santos (está “enclausurado à esquerda”, diz ele), e portanto é o próprio Carneiro, sustentando o centro, a melhor garantia “contra o avanço da direita radical”, que tem vindo a “contaminar” o “centro-direita”. Luís Montenegro, como é óbvio, garante que não é radical, e que o verdadeiro radicalismo não está à direita mas à esquerda: “Deus nos livre de ter um radical à frente do Governo”, diz Montenegro sobre Pedro Nuno Santos.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.