Notas, perplexidades e a recusa da desesperança

Podemos concluir que, até prova em contrário, aquilo que estamos a assistir é, por mais deprimente que tudo isto seja, ao funcionamento das instituições e dos mecanismos de controle.

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1. Passa hoje, no dia em que é publicada esta crónica, uma semana exata sobre o terramoto político que abalou Portugal. A poeira ainda não assentou e é muito mais aquilo que não sabemos do que aquilo que já conhecemos. Ao longo da semana, à medida que novas revelações se iam sucedendo a um ritmo frenético, a indignação somou-se ao espanto e a ambos sobreveio a perplexidade. No meio do nevoeiro espesso tento uma síntese preliminar, um primeiro juízo que, tenho bem consciência disso, se arrisca a ser ingénuo e a envelhecer muito mal. Encontro-o nas palavras do meu amigo Henrique Monteiro, no Expresso: “Embora todas as células do meu corpo me digam que Costa é íntegro, nenhuma me diz que ele se preocupa com a integridade.”

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