Fed mantém taxa de juro em máximos de 22 anos

O banco central norte-americano manteve, pela segunda vez consecutiva, inalterados os juros directores da maior economia mundial.

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Jerome Powell é o presidente da Reserva Federal dos EUA Reuters/KEVIN LAMARQUE
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Sem surpresas e em linha com aquilo que era antecipado nos mercados, a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) manteve inalterada, esta quarta-feira, a taxa de juro de referência. É a segunda reunião consecutiva em que o banco central norte-americano opta por manter os juros num intervalo entre 5,25% e 5,5%, o que ainda assim representa máximos de 22 anos.

Assim, após 11 subidas seguidas da taxa de juro de referência, desde Março de 2022, a reunião de dois dias do comité de governadores que decide a política monetária da maior economia mundial terminou com a segunda pausa consecutiva relativamente ao custo do dinheiro.

Não obstante, em Setembro, a instituição liderada por Jerome Powell ter sinalizado a intenção de decretar mais um aumento dos juros até ao final deste ano, e mesmo tendo em conta que a taxa de inflação nos Estados Unidos persistia nos 3,4% em Setembro passado – bem acima da meta de 2% definida pela Fed – e que a economia cresceu a um "ritmo forte" no terceiro trimestre, o banco central optou por, mesmo assim, não mexer ainda nos juros.

A Fed espera para ver como é que a persistência de uma política monetária restritiva irá continuar a influenciar a capacidade financeira e de acesso ao crédito de famílias e empresas, em particular a actividade económica e a inflação. Até porque a real extensão dos efeitos da política monetária restritiva adoptada nos EUA "continua incerta", refere o comunicado, que sublinha que nos próximos tempos a Reserva Federal continuará "muito atenta" aos riscos relacionados com níveis elevados de inflação.

A Fed promete "continuar a avaliar informação adicional e as suas implicações para a política monetária", deixando assim em aberto a possibilidade de novo agravamento dos juros para garantir o objectivo, agora reafirmado, de uma taxa de inflação de 2%.

A Reserva Federal volta a reunir-se nos dias 12 e 13 de Dezembro para decidir o rumo dos juros nos Estados Unidos.

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