Mariana Mortágua duvida da eficácia dos protestos climáticos contra ministros

Coordenadora do Bloco de Esquerda duvida que os ataques com tinta a ministros contribuam, de facto, para criar um “grande movimento” que leve as questões sobre o clima para o centro do debate público.

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Mariana Mortágua sublinha que a "emergência climática existe", mas duvida da eficácia de protestos climáticos como os que envolvem arremesso de tinta a ministros Matilde Fieschi

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, disse esta segunda-feira ter "grandes dúvidas" acerca da eficácia dos protestos climáticos. A responsável duvida que os ataques com tinta a ministros contribuam, de facto, para criar um "grande movimento" que leve as questões sobre o clima para o centro do debate público.

À margem de uma sessão sobre habitação em Braga, Mariana Mortágua sublinhou que a "emergência climática existe e é mesmo uma emergência", pelo que é necessário chamar a atenção "para um assunto tão importante e que vai mexer tanto" com as vidas de todos.

"O mundo precisa de um grande movimento transformador, como aquele que foi há uns anos criado em torno da figura de Greta Thunberg [...]. A questão que se coloca é se este tipo de acções contribui ou não contribui para criar esse grande movimento transformador, esse grande movimento social que traz estas questões para o centro do debate público. Eu tenho grandes dúvidas que contribua para este tipo de atitude", acrescentou.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, foi atingido com tinta verde na sexta-feira por uma activista climática, durante uma conferência sobre a proposta de Orçamento do Estado, que decorria no auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Anteriormente, o ministro do Ambiente e Acção Climática, Duarte Cordeiro, tinha sido alvo de uma acção semelhante durante um evento organizado pela CNN.

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