Os duelos instrumentais
A regra é o avanço de um clima político radicalizado, transformando a política em dois lados combatentes, com o esmagamento dos moderados. O mundo a preto e branco é bom para ter audiências.
Não falo de conflitos como o que opõe Israel ao Hamas (muito mais que o Hamas) ou a Ucrânia e a Federação Russa (parte da Federação Russa) e a mil e um conflitos de extrema violência que se estendem por todos os continentes, muitas vezes localizados em pequenas e médias áreas geográficas, ausentes do foco da atenção “ocidental”, onde por razões étnicas, comunitárias, religiosas, políticas e nacionais, os homens se matam uns aos outros com toda a naturalidade. A designação de “radicalização” é demasiado mole para os classificar, embora, como é óbvio, esteja presente em todos eles.
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