Como diria José Sócrates: “Negacionista é a tua tia, pá”

Basta um cientista, um economista, um político ou um jornalista introduzir nuances e alguma complexidade em relação ao tema das alterações climáticas para ser chamado negacionista.

Perdoem-me a agressividade do título deste artigo, mas às vezes tem de ser. Quem escreve nos jornais é obrigado a saber viver com a caricatura de si próprio, porque há sempre gente a inventar coisas que não dissemos e a empurrar-nos para quintas onde não queremos estar. Faz parte das regras do jogo. Mas há limites, que não têm que ver com a sensibilidade do colunista, mas com a emergência de um fanatismo iluminado, tão convencido da sua própria virtude que se torna cego e surdo à argumentação alheia, e em que todo o desvio à linha supostamente justa é carimbado de “primitivo”, “bárbaro” ou “anticientífico”. A questão climática é um escandaloso exemplo desta forma perigosa de pensar.

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