“Pare com a poluição”, gritaram activistas depois de atingir o CEO da Ryanair com duas tartes

Em Bruxelas, duas ambientalistas deram as boas-vindas ao CEO da Ryanair. Michael O’Leary, que estava na sede da UE para apresentar uma petição, brincou com a situação.

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O administrador da Ryanair foi atacado por duas activistas ambientais EPA/OLIVIER HOSLET
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O administrador da companhia aérea Ryanair, Michael O'Leary, foi atingido com duas tartes à saída da sede da União Europeia (UE), esta quinta-feira, em Bruxelas. O peculiar ataque foi protagonizado por ambientalistas, em forma de protesto contra as emissões de carbono emitidas pela companhia aérea com mais voos na Europa.

"Parem com a poluição dos seus aviões", gritou uma mulher, que usava um vestido negro, depois de atingir O'Leary na cara, quando este se preparava para ser fotografado ao lado de uma imagem, em cartão, da Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. De seguida, uma segunda activista surge nas costas do empresário com outra tarte.

As mulheres não se identificaram, nem disseram se pertenciam a alguma organização.

O momento foi gravado por quem acompanhava O'Leary, que prontamente garantiu aos jornalistas que o creme estava "delicioso" e que é sempre recebido calorosamente na capital belga. Mais tarde, o administrador da Ryanair, já numa conferência de imprensa, manteve a postura quanto ao sucedido e lamentou que o creme fosse "artificial e pouco saboroso".

A tentativa de crítica de O'Leary ser fotografado com uma imagem de cartão de Ursula von der Leyen aconteceu porque o CEO da Ryanair viajou até Bruxelas para apresentar à Presidente da Comissão Europeia uma petição, com um milhão e meio de assinaturas, exigindo que os voos fossem autorizados a cruzar o espaço aéreo francês apesar das limitações ao tráfego aéreo no país.

Dados do think tank Transport & Environment, sediado em Bruxelas, garantem que esta companhia aérea emitiu mais de 13 milhões de toneladas de CO2 em 2022. Além da poluição, a Ryanair é líder quanto ao número de passageiros transportados, e continua a aumentar a receita, uma vez que transporta mais 20% de clientes em relação aos meses que antecederam a pandemia da covid-19.

Por sua vez, a companhia liderada por O'Leary esclarece que é a uma das mais eficientes do sector, face ao número de passageiros que transporta e ao baixo número de lugares vazios. Para o futuro, até 2030, a Ryanair planeia realizar 12,5% dos voos com combustível de aviação sustentável.

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