Terminam no Algarve escavações arqueológicas de menir com mais de 5500 anos

O menir foi descoberto em Junho de 2021 por um residente no concelho de São Brás de Alportel.

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São vários os monumentos megalíticos que têm sido descobertos no país Guillermo Vidal

Os trabalhos de escavação arqueológica de um menir com cerca de 5500 anos encontrado no Monte do Trigo, em São Brás de Alportel, no Algarve, terminaram nesta sexta-feira, faltando agora decidir sobre o destino a dar à descoberta.

"A partir de agora temos vários meses de trabalho de laboratório. Vamos arrumar as ideias e tentar transformar o que fizemos até agora num trabalho coerente que inclui uma proposta sobre o futuro do menir", disse o responsável pelas escavações, António Faustino Carvalho, professor da Universidade do Algarve.

Vários alunos da universidade algarvia, dirigidos por este professor, estiveram nos últimos cinco dias a escavar à volta do menir e área adjacente e a verificar a eventual presença de outros monumentos similares.

De acordo com o professor universitário, que falava com um grupo de jornalistas que visitou o local, "esta peça não está isolada, existem mais duas ou três que estão em muito mau estado e muito fragmentadas".

"Não sabemos se estavam alinhados ou o seu propósito", disse Faustino Carvalho, sugerindo que uma das possibilidades seria a de estarem num local de culto das primeiras comunidades neolíticas.

O menir em causa foi descoberto em Junho de 2021 por um residente no concelho de São Brás de Alportel que estava a fazer prospecção de fósseis.

A partir dessa descoberta, o município algarvio estabeleceu um protocolo com a Universidade do Algarve e a Direcção Regional da Cultura do Algarve para fazer a prospecção do local.

De acordo com a Câmara de São Brás de Alportel, os resultados preliminares desta intervenção e do respectivo projecto serão apresentados durante as Jornadas Europeias do Património, no final de Setembro.

"Tudo o que pudermos encontrar valoriza o nosso. Estamos abertos para seguir as indicações técnicas que a Universidade do Algarve nos der e a capitalizar esta descoberta", disse o presidente do município algarvio, Vítor Guerreiro, também presente na visita.

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