EUA enviam quatro navios para responder a patrulha russo-chinesa ao largo do Alasca

Onze navios de guerra dos dois países foram detectados em águas internacionais próximas do território norte-americano na semana passada.

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Um dos navios enviados pelos EUA para a costa do Alasca foi o USS John McCain Ahmad Masood / Reuters
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A Marinha dos Estados Unidos enviou quatro navios de guerra, acompanhados por um avião de reconhecimento, para a costa do Alasca na semana passada depois de ter detectado a aproximação de uma frota numerosa de vários navios russos e chineses.

Ao todo, entre navios russos e chineses, foram detectadas onze embarcações militares em patrulha em águas internacionais ao largo do Alasca, um território norte-americano a poucos quilómetros da Rússia. Segundo vários analistas militares ouvidos pelo Wall Street Journal, que avançou a notícia em primeira mão durante o fim-de-semana, esta foi a frota mais numerosa de navios de guerra estrangeiros a aproximar-se de território norte-americano de que há memória.

O senador republicano pelo Alasca, Dan Sullivan, disse, citado pela CBS News, que a operação de patrulha conjunta é “inédita”, enquanto o analista Brent Sadler afirmou ao WSJ que foi uma “estreia histórica”.

O Comando Norte dos EUA confirmou a patrulha russo-chinesa, mas realçou que os navios “permaneceram em águas internacionais e não são considerados uma ameaça”.

A Marinha norte-americana enviou quatro contratorpedeiros para patrulhar as Ilhas Aleutas, ao largo do Alasca, e um avião de reconhecimento P-8 como resposta à operação naval russo-chinesa.

Em Setembro do ano passado, foram detectados sete navios chineses e russos em patrulha junto à costa do Alasca.

O aumento da tensão entre os EUA e a Rússia e a China, por causa da guerra na Ucrânia e do estatuto de Taiwan, respectivamente, tem aumentado o receio de que situações como esta se intensifiquem e se tornem mais perigosas.

A porta-voz da embaixada chinesa em Washington, Liu Pengyu, garantiu que a patrulha “não é direccionada contra qualquer país terceiro e nada tem a ver com a situação internacional e regional actual”.

“De acordo com o plano anual de cooperação entre as forças militares da China e da Rússia, os navios dos dois países têm participado em patrulhas conjuntas nas águas relevantes no Norte e Ocidente do Oceano Pacífico”, acrescentou.

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