Israel e Jihad Islâmica aceitam trégua na Faixa de Gaza
Acordo para o cessar-fogo foi mediado pelo Egipto. Durante a campanha de cinco dias, Israel matou seis comandantes da Jihad Islâmica.
Após vários dias de violência, Israel e a Jihad Islâmica acordaram este sábado uma trégua, que entrou em vigor às 22h locais (19h em Lisboa), anunciaram responsáveis palestinianos. O Egipto, que intermediou o cessar-fogo, pediu a todos os lados que adiram ao acordo, informou o canal de televisão egípcio Al-Qahera News.
“À luz do acordo do lado palestiniano e do lado israelita, o Egipto anuncia que um cessar-fogo entre o lado palestiniano e o lado israelita foi alcançado”, dizia um texto do acordo visto pela Reuters, acrescentando: “Os dois lados respeitarão o cessar-fogo, que incluirá o fim dos ataques a civis, a demolição de casas e o fim dos ataques a indivíduos imediatamente que o cessar-fogo entrar em vigor.”
A trégua foi confirmada pela Jihad Islâmica. “Declaramos a nossa aceitação do anúncio egípcio, que será cumprido enquanto a ocupação (Israel) o respeitar”, disse o porta-voz do grupo, Dawoud Shehab.
Não houve confirmação imediata por parte de Israel, que raramente reconhece tais acordos com grupos militantes palestinianos, que designa como organizações terroristas.
Mesmo enquanto a trégua estava a ser finalizada, os dois lados continuaram trocar fogo entre si. As sirenes de de ataque aéreo soaram até aos subúrbios de Tel Aviv e os militares israelitas anunciaram que atingiram seis postos de comando operacional da Jihad Islâmica.
Israel lançou a última vaga de ataques aéreos nas primeiras horas da terça-feira, anunciando que visava comandantes da Jihad Islâmica que planejavam levar a cabo ataques em Israel.
Em resposta, o grupo apoiado pelo Irão disparou mais de um milhar de rockets, obrigando os israelitas a fugir para os abrigos antiaéreos.
Durante os cinco dias da campanha militar, Israel matou seis comandantes da Jihad Islâmica e destruiu várias instalações militares.
Mas pelo menos 10 civis, incluindo mulheres e crianças, foram também mortos na Faixa de Gaza durante os combates e duas pessoas - uma mulher israelita e um trabalhador palestiniano - foram mortas por rockets.