Israel já matou seis comandantes militares da Jihad Islâmica
Pelo menos dois rockets foram disparados contra Jerusalém a partir da Faixa de Gaza. Na resposta, as forças israelitas eliminaram mais um comandante militar do grupo palestiniano.
Pela primeira vez durante a mais recente escalada de violência na região, a Jihad Islâmica disparou nesta sexta-feira rockets em direcção a Jerusalém. Ao mesmo tempo, as forças israelitas mataram mais um dos líderes militares do grupo extremista em Gaza, enquanto o Egipto avançou nos seus esforços de negociação de um cessar-fogo.
As sirenes de alerta para ataques aéreos soaram esta sexta-feira na cidade de Beit Shemesh e noutros locais nos arredores de Jerusalém, pondo fim a uma pausa de 12 horas nos confrontos. Chegaram a ouvir-se algumas explosões na Cidade Santa, possivelmente causadas pelo sistema israelita de intercepção anti-míssil.
As forças militares israelitas afirmaram que foram disparados pelo menos dois mísseis em direcção a Jerusalém, mas não confirmaram a sua intercepção. Já a imprensa hebraica indica que os projécteis foram efectivamente abatidos. As cidades israelitas mais próximas da fronteira com Gaza também estiveram debaixo de fogo esta sexta-feira, mas sem feridos a registar.
Pouco depois do ataque a Jerusalém, Israel retomou a ofensiva aérea contra a Jihad Islâmica, grupo armado constituído no início da década de 1980 e que é o maior em Gaza, a seguir ao Hamas - que, até ao momento, mantém-se à margem desta nova escalada do conflito israelo-árabe.
Um dos líderes da Jihad Islâmica, Eyad Al-Hasani, e um dos seus adjuntos foram mortos num dos ataques desta sexta-feira em Gaza. Hasani é já o sexto comandante militar da Jihad Islâmica a ser eliminado por Israel desde o início desta semana.
Desde terça-feira, a Jihad Islâmica já terá disparado quase 1000 rockets, vitimando mortalmente pelo menos uma pessoa em Israel - um morador de um apartamento nos arredores de Telavive. As forças israelitas, por sua vez, já mataram pelo menos 33 palestinianos na Faixa de Gaza - grande parte destes civis, incluindo mulheres e crianças.