Estudantes terminam greve de fome em ocupação pelo clima. “É bastante triste ter chegado a este ponto”

As estudantes entraram em greve de fome na terça-feira. Vários alunos estão em protesto pelo clima.

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Protesto pelo clima: Faculdade de Psicologia reabre após greve de fome de três dias Carolina Pescada, Henrique Lourenço
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As estudantes Jade e Teresa, que estavam barricadas na entrada da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa e em greve de fome desde a manhã de terça-feira, tiveram de suspender o protesto esta manhã para receberem apoio médico.

“Já não estávamos a sentir tão capazes de continuar”, explicou Teresa Cintra ao Azul, descrevendo o “cansaço extremo”. O INEM já estava a acompanhar o estado de saúde das estudantes desde ontem, e esta manhã os níveis de glicose chegaram a um ponto em que foi necessária intervenção, com os bombeiros a removerem o vidro da porta de entrada da FPUL para retirar as estudantes.

As estudantes entraram em greve de fome na terça-feira, quando alunos das várias ocupações que começaram no dia 26 de Abril se concentraram na Cidade Universitária, em Lisboa, para um dia de palestras e de reflexão sobre a luta contra as alterações climáticas. O pedido de Jade e Teresa era que a reitoria da Universidade de Lisboa divulgasse o apelo dos estudantes a que a comunidade académica se juntasse à acção da plataforma Parar o Gás em Sines, no dia 13 de Maio, que pretende parar o funcionamento do terminal de gás natural.

Teresa lamenta a falta de apoio dos dirigentes - chegaram a ser ouvidas, na quarta-feira, por dois vice-reitores da Universidade de Lisboa -, já que o que pediam “era um apelo, não era uma obrigação”. “É bastante triste ter chegado a este ponto”, diz, sobre a necessidade que sentiram de recorrer a um meio tão extremo como uma greve de fome.

“São pessoas que se dizem nossas aliadas, mas quando chega a parte de agir e de ter um papel na mudança…”

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