Jovem norte-americana morta a tiro após erro de morada no estado de Nova Iorque

É o segundo caso semelhante nos EUA nos últimos dias, depois de um adolescente negro ter sido atingido a tiro na cabeça, no Missouri, por se ter enganado na morada onde devia ir buscar os irmãos.

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O xerife do condado de Washington, em Nova Iorque, disse que a jovem procurava a casa de uma amiga DR

Um homem de 65 anos residente no estado norte-americano de Nova Iorque foi detido e acusado de homicídio, na noite de segunda-feira, pela morte a tiro de uma jovem que se encontrava no interior de um automóvel na via de acesso à garagem da sua residência. Kaylin Gillis, de 20 anos, e três amigos, tinham-se enganado no caminho e preparavam-se para abandonar o local sem nunca terem saído do automóvel.

Segundo a polícia do condado de Washington, no nordeste de Nova Iorque, o suspeito — identificado como Kevin Monahan, um construtor civil de 65 anos — saiu de casa armado com uma pistola e disparou dois tiros contra os ocupantes do veículo, matando a jovem.

Os amigos de Gillis fugiram do local e alertaram a polícia e as equipas de emergência médica, que já não conseguiram salvar a jovem.

"Ela era uma jovem inocente que tinha saído com amigos e que estava à procura da casa de uma outra amiga", disse o xerife de Washington, Jeffrey J. Murphy, numa conferência de imprensa. "Infelizmente, enganaram-se na morada."

O caso aconteceu quase à mesma hora em que um procurador do estado do Missouri, no centro dos EUA, anunciava uma acusação de ofensa à integridade física grave contra um homem de 84 anos que atingiu a tiro na cabeça um adolescente negro de 16 anos.

À semelhança do que aconteceu em Nova Iorque, o jovem que foi baleado no Missouri, Ralph Yarl, tinha-se enganado na morada em que devia ter ido buscar os seus irmãos gémeos.

Segundo a família de Yarl, o suspeito — Andrew Lester, de 84 anos — abriu a porta de casa e atingiu o adolescente na cabeça e num braço, causando-lhe ferimentos graves.

Ao contrário do caso do Missouri, em que o gabinete do procurador reconheceu a existência de "uma componente racial", nada indica que o mesmo tenha acontecido no caso de Nova Iorque — o suspeito, Kevin Monahan, e a vítima, Kaylin Gillis, são ambos brancos.

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