Suprimidos 59 comboios até às 8h devido à greve na CP

Dos 67 comboios regionais previstos, não se fizeram 21 ligações e nos urbanos de Lisboa estavam programados 113 e foram suprimidos 27.

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Entre as reivindicações dos trabalhadores estão “aumentos salariais efectivos” Matilde Fieschi/Arquivo

A CP suprimiu 59 comboios dos 252 programados para entre as 00h00 e as 08h00 desta segunda-feira devido à greve dos trabalhadores, a maioria urbanos de Lisboa e regionais, segundo dados enviados pela empresa à Lusa.

No início de mais de uma semana de greve, a CP — Comboios de Portugal precisa que dos 67 comboios regionais previstos não se fizeram 21 ligações e nos urbanos de Lisboa estavam programados 113 e foram suprimidos 27.

Nos urbanos do Porto, estavam previstos para aquele período 52, tendo sido suprimidos seis. Nos comboios de longo curso, realizaram-se 11 das 12 ligações previstas.

Até final do mês, “na CP, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00h00 e as 05h00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.

Até 30 de Abril, na IP, “os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00h00 e as 05h00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.

Estas greves foram decretadas por uma plataforma de sindicatos composta pela Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), o Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins (Sinfb), o Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários das Infra-Estruturas e Afins (Sinfa), o Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Publicas (Fentecop), o Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins (SIOFA), a Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial (Assifeco) e os Serviços Técnicos Ferroviários (STF).

Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (Smaq) está em greve durante todo o mês de Abril, face à “atitude de desconsideração” de que acusa a empresa.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão “aumentos salariais efectivos”, a “valorização da carreira da tracção” e a melhoria das condições de trabalho nas cabinas de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.

É também pedida uma “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, um “efectivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes” e o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo”.

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