Divulgados (mais) documentos confidenciais da Defesa norte-americana

Fuga de informação poderá envolver mais de 100 ficheiros, alguns com dados considerados sensíveis.

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Documentos confidenciais dos Estados Unidos incluem informações sensíveis sobre a guerra na Ucrânia, o Médio Oriente e a China EPA/ROBERT GHEMENT

Foi divulgado nas redes sociais um novo conjunto de documentos confidenciais dos serviços de segurança norte-americanos, relativos à guerra na Ucrânia, ao Médio Oriente e à China.

De acordo com o New York Times, que avançou a notícia da divulgação de documentos das Forças Armadas dos Estados Unidos e da NATO ainda nesta quinta-feira, esta fuga de informação poderá envolver mais de 100 ficheiros, alguns com dados considerados sensíveis.

O último conjunto de documentos foi partilhado no Twitter e noutras redes sociais esta sexta-feira, horas depois de a administração Biden ter garantido estar a investigar uma possível fuga de informações sobre as estratégias para a guerra na Ucrânia, incluindo, por exemplo, uma análise das capacidades da defesa aérea ucraniana.

"Visto que muitos eram fotografias de documentos, este parece ter sido um acto deliberado de alguém que quer prejudicar os esforços da Ucrânia, dos Estados Unidos e da NATO", considerou Michael Mulroy, antigo funcionário do Pentágono e da CIA.

Se inicialmente se pensava que os documentos publicados diziam apenas respeito à guerra na Ucrânia, sabe-se agora que também incluem informações confidenciais sobre terrorismo, a China, o Médio Oriente e as tensões militares no Indo-Pacífico.

Esta sexta-feira a Ucrânia reagiu à fuga de informação, que considera ser da responsabilidade da Rússia. Segundo Mykhailo Podolyak, um dos principais conselheiros do Presidente Volodymyr Zelensky, os ficheiros partilhados continham "uma quantidade muito grande de informação fictícia". "Estes são apenas elementos clássicos dos jogos operacionais dos serviços de informação russos, e nada mais", defendeu, em comunicado.

Entretanto, bloggers pró-russos argumentam que esta pode ser uma estratégia dos "serviços secretos ocidentais para enganar" as suas tropas quanto a uma possível contra-ofensiva ucraniana, segundo cita o diário nova-iorquino.

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