Estoril-sol garante casinos de Lisboa e do Estoril até 2037

Novo contrato de concessão do exclusivo da exploração de jogos de fortuna ou azar na zona de jogo do Estoril foi assinado na segunda-feira.

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Zona de jogo do Estoril abrange o casino dessa localidade e o de Lisboa MIGUEL MADEIRA / PUBLICO

A Estoril-Sol vai continuar a explorar os casinos do Estoril e de Lisboa, tendo assinado na segunda-feira o novo contrato de concessão do exclusivo da exploração de jogos de fortuna ou azar na zona de jogo do Estoril.

De acordo com o curto comunicado emitido pela empresa, a data da concessão “inicia-se na data da celebração do contrato” e termina a 31 de Dezembro de 2037.

Pelo caminho ficou a proposta apresentada por um outro concorrente, a Bidluck, que foi excluída da corrida no final de Outubro pelo júri do concurso apesar de ter apresentado um valor mais elevado ao Estado para ficar com a concessão. De acordo com a Lusa, a Bidluck vai recorrer judicialmente da decisão do júri.

Segundo o PÚBLICO apurou na altura, a Bidluck foi excluída por questões formais, nomeadamente por causa da proposta de terreno que apresentou para edificar um novo casino em Lisboa, perto do actual (propriedade da Estoril-Sol, ao contrário do imóvel do Estoril, que é do Estado), uma vez que o plano director municipal inviabiliza a construção de um edifício conforme exige o caderno de encargos.

A empresa que fica com a mais importante das zonas de jogo com casino em exploração em Portugal está cotada em bolsa e é controlada a 57,8% pela Finansol, onde se destaca Pansy Ho (filha de Stanley Ho). Outros 32,7% são da Amorim Turismo. O grupo Estoril-Sol, que detém também o casino da Póvoa do Varzim e está presente no jogo online, teve receitas globais de 133,2 milhões de euros em 2021, e um lucro de 19,1 milhões.

Tanto o contrato de concessão da exploração da zona de jogo do Estoril como a da Figueira da Foz terminavam no final de 2020, mas a pandemia de covid-19 levou à sua prorrogação até ao final de 2022, tendo o Governo lançado o concurso internacional no Verão.

No final do ano passado, ainda sem decisão final, o Governo decidiu também, “em razão do interesse público”, a “prorrogação da actual concessão do exclusivo da exploração dos jogos de fortuna ou azar na Zona de Jogo do Estoril até ao início da nova concessão, resultante do procedimento concursal em curso”, tendo feito o mesmo para a Figueira da Foz.

“A elevada complexidade de que se revestem os referidos concursos públicos, os prazos legais que se encontram associados para a efectiva adjudicação da concessão de exploração e, no caso da Zona de Jogo da Figueira da Foz, o conteúdo da proposta apresentada determinam que, nesta data, não seja possível assegurar o início das respectivas actividades em 1 de Janeiro de 2023”, referiu o Governo no despacho publicado a 30 de Dezembro.

No caso da Figueira da Foz, houve apenas um concorrente, a Sociedade Figueira Praia, da Amorim Turismo, actual concessionária.

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