Ministério Público investiga alegadas más práticas no Hospital Amadora-Sintra

O processo está a cargo do Departamento de Investigação e Acção Penal da comarca de Lisboa Oeste – secção da Amadora.

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Entidade Reguladora da Saúde também abriu um processo de investigação na sequência das denúncias Rui Gaudencio

O Ministério Público instaurou um processo de inquérito na sequência de denúncias de alegadas más práticas no serviço de cirurgia geral do Hospital Amadora-Sintra. O processo está a cargo do Departamento de Investigação e Acção Penal da Amadora.

A confirmação foi dada ao PÚBLICO por fonte da Procuradoria-Geral da República. Na sequência das denúncias de alegadas más práticas, noticiadas no final da semana passada pelo Expresso, houve a “instauração de inquérito”. “O mesmo corre termos no DIAP da comarca de Lisboa Oeste – secção da Amadora.”

Questionado pelo PÚBLICO, o hospital não quis fazer mais comentários enquanto não forem conhecidas as conclusões do instrutor do inquérito a cargo da Ordem dos Médicos e remeteu para as declarações iniciais que a directora clínica deu. Num vídeo, Ana Valverde garantiu que as averiguações "serão levadas às últimas consequências" e que "se houve erro, não será ignorado".

Em causa está a denúncia feita pelo ex-director de serviço de cirurgia geral do hospital, que apontou 22 possíveis casos de más práticas, que terão ocorrido já depois de se ter demitido do cargo de direcção. Segundo o Expresso, entre uma das situações estaria a de um paciente com cerca de 60 anos que terá sido operado ao baço, sem ter indicação para tal e que terá morrido “exsanguinado, com perto de 15 transfusões”, após a intervenção.

Segundo a RTP, dos casos denunciados, sete terão sido avaliados pelo perito da Ordem dos Médicos – já que outros diziam respeito a doentes operados fora do hospital e doentes em estado terminal, apontando para a existência de dois possíveis casos de má prática. Haverá três casos com indícios de possível má prática, segundo o Observador.

Também a Entidade Reguladora da Saúde já tinha anunciado a abertura de um processo de investigação na sequência das várias notícias. Na mesma altura, o Ministério da Saúde disse aguardar as conclusões dos vários processos que estão a decorrer para se pronunciar e manifestou confiança na segurança dos cuidados prestados no hospital.

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