Guterres pede apoio financeiro para ajudar o Paquistão a recuperar de perdas e danos

Os investimentos para a recuperação do Paquistão após as inundações de Setembro podem vir a ser um teste para decidir quem vai financiar os danos de catástrofes climáticas.

azul,inundacoes,paquistao,clima,alteracoes-climaticas,
Fotogaleria
O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, reúnem-se no dia de uma cimeira sobre a resiliência climática no Paquistão EPA/SALVATORE DI NOLFI
azul,inundacoes,paquistao,clima,alteracoes-climaticas,
Fotogaleria
A cimeira ocorre nas Nações Unidas, em Genebra, meses após inundações mortais no Paquistão Reuters/DENIS BALIBOUSE

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, pediu esta segunda-feira um grande apoio para ajudar o Paquistão com um esforço de reconstrução de 16 mil milhões de dólares (quase 15 mil milhões de euros) na sequência de inundações devastadoras, dizendo que o país tinha sido vítima do caos climático e do sistema financeiro global.

Funcionários de cerca de 40 países, bem como doadores privados e instituições financeiras internacionais estão reunidos para uma reunião em Genebra, uma vez que Islamabade procura apoio no que se espera que seja um grande teste para quem paga por catástrofes climáticas. As inundações de Setembro, que ainda estão a diminuir, mataram pelo menos 1700 pessoas e deslocaram cerca de 8 milhões de pessoas.

"Temos de igualar a resposta heróica do povo do Paquistão com os nossos próprios esforços e investimentos maciços para fortalecer as suas comunidades para o futuro", disse Guterres no discurso de abertura.

"O Paquistão é duplamente vítima pelo caos climático e por um sistema financeiro global moralmente falido", acrescentou, apelando a formas criativas de os países em desenvolvimento acederem ao alívio da dívida e ao financiamento.

O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, pediu uma nova "coligação de vontades" para fornecer ao país uma tábua de salvação, dizendo que precisava de 8 mil milhões de dólares (cerca de 7,5 mil milhões de euros) nos próximos três anos.

Numa mensagem em vídeo, Emmanuel Macron, o presidente francês, prometeu 10 milhões de dólares, isto é, 9,4 milhões de euros, em apoio adicional.

Sugerir correcção
Comentar