Sondagem: Pedro Nuno Santos esteve bem, Fernando Medina também devia sair

Mais de metade dos portugueses inquiridos pela Aximage defende que o ministro das Finanças devia seguir os passos do seu colega demissionário da pasta das Infra-estruturas.

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Pedro Nuno Santos com Fernando Medina Rui Gaudêncio

A mais recente sondagem da Aximage, divulgada no domingo pela CNN Portugal, mostra que a maioria dos inquiridos concorda com a decisão de Pedro Nuno Santos, ministro das Infra-estruturas e Habitação, que deixou o Governo na sequência da polémica que envolveu a indemnização de meio milhão de euros a Alexandra Reis, ex-administradora da TAP e secretária de Estado do Tesouro demissionária.

Ao todo, 69% dos portugueses que responderam às questões da Aximage entendem que Pedro Nuno Santos tomou a decisão certa ao sair do executivo e apenas 15% acreditam que devia ter-se mantido. Praticamente a mesma percentagem de inquiridos (16%) não tem qualquer opinião sobre o assunto. Note-se que o ministro apresentou a sua demissão no mesmo comunicado em que informava que um dos secretários de Estado da sua equipa (Hugo Santos Mendes) havia tido informações sobre o processo de indemnização a Alexandra Reis.

Já em relação a Fernando Medina, que optou por manter-se no Governo, justificando que não tinha informações sobre o processo de saída da secretária de Estado da TAP, os inquiridos não concordam com esta decisão e entendem que também devia abandonar o cargo. Seis em cada dez portugueses (62% em concreto) defendem que Medina deveria sair e só para 25% não há qualquer motivo para a demissão — 13% não têm opinião.

A sondagem também avalia a solidez que os portugueses atribuem ao executivo e isso resulta num empate: 46% dos inquiridos acham que o Governo tem condições para continuar em funções e 46% defendem o contrário. E perante esta polémica e as consequências que ela teve para a imagem da equipa de António Costa, o que deve fazer Marcelo Rebelo de Sousa? Para 49% dos inquiridos, o Presidente da República deve manter o Governo e para 39%, o Presidente deve dissolver o Parlamento — 12% não sabem.

Quanto ao futuro da TAP, 48% portugueses ouvidos pela Aximagem consideram que a administradora Christine Ourmières-Widener (cuja demissão é pedida pelos sindicatos) devia demitir-se e 25% acham que deviam ser o Governo a afastá-la. Em qualquer dos cenários, os inquiridos preferem uma TAP sem a francesa na liderança. Além disso, 36% defendem que a empresa devia ser totalmente privada e 24% acham que está bem assim. Os outros cenários possíveis, empresa com maioria de capitais públicos e empresa com maioria de capitais privados, agradam a 18% e a 12% dos portugueses, respectivamente.

Este estudo de opinião foi feito pela Aximage entre os dias 29 e 30 de Dezembro de 2022 e divulgado pela CNN Portugal. O trabalho de campo incluiu 503 entrevistas efectivas a indivíduos maiores de 18 anos residentes em Portugal feitas através de uma aplicação online (Computer Assisted Web Interviewing). A margem de erro da sondagem — a 95% — é de 4,37%.

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