Nélida Piñon (1937-2022), tudo pela literatura

Herdeira dos clássicos, praticante exigente da língua portuguesa, foi a primeira mulher a presidir à Academia Brasileira de Letras. Morreu em Lisboa aos 85 anos e deixou um livro póstumo.

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Nélida Piñon no Corrente d'Escritas, na Póvoa de Varzim, em 2019 Paulo Pimenta

Nélida Piñon estava numa espécie de périplo de despedida por alguns dos seus lugares de sempre. Saiu do Rio de Janeiro em Setembro, veio a Lisboa, foi à Galiza, a terra do avô Daniel, a Barcelona, onde chegou a morar, instalou-se em Setúbal e esteve na cerimónia de entrega do mais recente Prémio José Saramago que aconteceu a 14 de Novembro. Nélia Piñon era membro honorário do júri. Mas antes de regressar ao Brasil ficou doente e acabou por morrer em Lisboa no passado sábado. Tinha 85 anos e fica para a história como a primeira mulher a presidir à Academia Brasileira de Letras, ABL. À data da sua morte, ocupava a cadeira número 30 entre os chamados “imortais”, nome dado aos escritores com assento na instituição fundada, entre outros, por Machado de Assis em 1897.

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