Mau tempo: IPMA alerta para agravamento nas próximas 48 horas

Precipitação persistente, vento e agitação marítima previstas para segunda e terça-feira. Protecção Civil alerta para risco de inundações em meios urbanos.

Foto
Distritos do Norte serão os mais afectados pela chuva. Protecção Civil alerta população Paulo Pimenta

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alertou este domingo para o agravamento das condições meteorológicas nas próximas 48 horas, prevendo "precipitação persistente, vento e agitação marítima".

No aviso à população, o IPMA adianta previsões de "precipitação persistente e por vezes forte a partir da manhã de segunda-feira nas regiões Norte e Centro, com o período mais crítico entre as 21h00 do dia 19 e as 06h00 do dia 20, em especial nos distritos de Viana do Castelo, Braga e Porto, e entre as 00h00 e as 06h00 do dia 20 nos distritos de Vila Real, Viseu, Aveiro e Coimbra".

O IPMA realça que não é de excluir que venha a ocorrer precipitação por vezes forte e persistente nos restantes distritos, estimando que tal seja "menos provável na região Sul".

A autoridade meteorológica dá ainda conta de "vento forte do quadrante sul mais intenso a partir do final da tarde de hoje" no litoral a norte do cabo Raso e nas terras altas, com rajadas da ordem dos 75 e 80/90 quilómetros por hora, respectivamente.

PÚBLICO -
Aumentar

Paralelamente, prevê agitação marítima forte com ondulação de sudoeste de quatro a cinco metros na costa ocidental a partir das 03h00 de segunda-feira e até às 03h00 de terça-feira.

Citando informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente, o IPMA inclui no aviso a possibilidade de "variações significativas dos níveis hidrométricos nas zonas historicamente mais vulneráveis", nomeadamente na bacia do Minho (em especial Caminha, Monção e Valença); na bacia do Lima (Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Ponte de Lima); na bacia do Cávado (barragens de Caniçada e Salamonde, Braga e Barcelos); na bacia do Ave (Santo Tirso); na bacia do Douro (Amarante, Paredes e na foz do Douro); na bacia do Mondego (rios Ceira e Arunca); e na bacia do Vouga (Águeda).

"Nas bacias urbanas e em particular naquelas em que se faça sentir o efeito de maré, não é de excluir a possibilidade de inundações nas zonas historicamente vulneráveis", alerta.

Também a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil apelou este domingo para que as pessoas se autoprotejam perante o risco de inundações em meios urbanos existente durante o dia de segunda-feira e a madrugada de terça-feira. Num briefing à comunicação social ao início da noite, o comandante nacional, André Fernandes, alertou para a possibilidade, face a uma precipitação elevada, não só "de cheias nos rios, mas acima de tudo daquilo que são as inundações em meio urbano". "Aqui um aviso especial para aquilo que são as áreas urbanas da região norte, da região Centro, e Lisboa e Setúbal", especificou.

A chuva intensa e persistente que caiu na terça-feira (dia 13) causou mais de 3000 ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afectando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.

A Protecção Civil registou mais de 7950 ocorrências em território nacional, inclusive 4841 inundações, e 88 desalojados desde as 00h00 do dia 07 e até às 08h00 do dia 15.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários