Euribor a três meses também já está acima de 2%

Taxa mais curta utilizada no crédito à habitação está em máximos desde Janeiro de 2009. Os outros prazos também subiram.

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Empréstimos à habitação associados às taxas Euribor sofrem aumentos nas prestações Guillermo Vidal

A poucos dias da reunião do Banco Central Europeu (BCE), que aprovará nova subida das suas taxas directoras, as Euribor voltaram a subir esta sexta-feira, renovando máximos de mais de 13 anos a três e a seis meses. No caso do prazo mais curto, a taxa fixada no mercado interbancário, e utilizada em cerca de 30% dos empréstimos à habitação existentes em Portugal, quebrou a barreira dos 2%, fixando-se em 2,005%.

A subida deste prazo era esperada, tendo em conta que as restantes taxas apresentam valores superiores, mas é significativo que os 2% tenham sido acumulados desde 14 de Julho, em cerca de cinco meses, depois de a taxa ter estado mais de sete anos em valor negativo.

A média da Euribor a três meses em Novembro, o valor utilizado para novos empréstimos e para as revisões de contratos a ocorrer neste mês, fixou-se em 1,825%.

O dia foi igualmente de novo máximo desde Janeiro de 2009 na Euribor a seis meses, atingindo 2,466%, segundo os dados divulgados pela Lusa. Este prazo, presente em cerca de 40% dos empréstimos à habitação existentes, aproxima-se rapidamente dos 2,5%, tendo a média de Novembro ficado em 2,321.

A Euribor a 12 meses também subiu para 2,861%, mas ficou ligeiramente abaixo dos 2,892% atingidos no final de Novembro, valor que correspondeu a um máximo desde Janeiro de 2009. A média da Euribor a 12 meses no último mês fixou-se em 2,828%.

A subida das taxas a que estão associados mais de 90% dos contratos à habitação em Portugal tem implicado forte subida das prestações mensais, que pode calcular aqui, mas também contribui para a melhoria de rentabilidade de algumas aplicações financeiras, como os Certificados de Aforro.

As Euribor, fixadas diariamente no mercado interbancário, através da média das taxas a que os bancos estão disponíveis para emprestar dinheiro entre si, têm antecipado as decisões de política monetária do BCE, que também tem vindo a subir as suas taxas de forma acelerada.

Com o objectivo de travar a inflação, o BCE iniciou em Julho um movimento de subida das suas taxas em 0,75% de cada vez, mas depois da ligeira verificada naquele indicador em Novembro, os mercados estão a antecipar que a subida de taxas se possa ficar em 0,5 pontos na reunião da próxima quinta-feira.

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