Partido Republicano consegue a maioria na Câmara dos Representantes

A maioria na câmara de representantes, ainda que mais curta do que o esperado, é suficiente para criar dificuldades à agenda política de Joe Biden nos próximos dois anos.

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O Partido Republicano já indicou o nome de Kevin McCarthy para substituir a democrata Nancy Pelosi como líder da maioria na Câmara dos Representantes Reuters/EVELYN HOCKSTEIN

O Partido Republicano garantiu esta quarta-feira a maioria na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, uma vitória que abre portas a dois anos de “casa dividida” no Congresso, já que os democratas controlam o Senado.

A maioria na câmara baixa do Congresso dos EUA dá aos republicanos a capacidade de controlar a agenda do Presidente Joe Biden, bem como de lançar investigações sobre figuras do Partido Democrata e familiares de Biden, mas está longe de ser a “onda vermelha” que o partido esperava.

O desfecho chegou depois de mais de uma semana de contagem de votos e com alguns círculos eleitorais ainda por esclarecer. As projecções do Edison Research indicam que os republicanos conseguiram os 218 assentos que precisavam para controlar a Câmara dos Representantes.

O Partido Republicano não esperou pelos resultados finais para começar a escolher o líder da maioria na câmara baixa, tendo indicado o nome de Kevin McCarthy para substituir a democrata Nancy Pelosi.

McCarthy venceu o primeiro embate — afastando o senador Rick Scott, que era apoiado por Donald Trump – mas, para ficar com o lugar de Pelosi, terá de se sujeitar a uma votação final, no início do próximo ano, onde precisará do apoio da maioria dos 435 membros da câmara de representantes.

A tarefa McCarthy não se adivinha fácil: precisará de manter a sua bancada unida em votações críticas, incluindo o financiamento do governo e dos militares, numa altura em que o antigo Presidente Donald Trump anunciou uma nova candidatura à Casa Branca.

Embora este resultado seja suficiente para criar dificuldades à agenda política de Joe Biden, nos próximos dois anos, o Presidente já disse que espera cooperação dos republicanos.

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