Governo discute OE2023 com esquerda e Bloco não fica de fora

Governo já arrancou a ronda de encontros com os partidos para discutir as prioridades do Orçamento do Estado para 2023. Depois de se reunir com o PCP, o executivo reuniu-se esta quinta-feira com os deputados únicos do PAN e do Livre. O PÚBLICO sabe que o Governo também já contactou o Bloco de Esquerda.

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Ana Catarina Mendes, ministra dos Assuntos Parlamentares, tem representado o Governo nestes encontros LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

O Governo já começou a habitual ronda de reuniões com os partidos com representação parlamentar para preparar a discussão do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

Depois de já se ter reunido com o PCP, como a agência Lusa noticiou, o Governo agendou encontros para esta quinta-feira com o Livre e com o PAN. Apesar do tom crispado que vem pontuando a relação entre o executivo e os bloquistas, o Governo também já contactou o Bloco de Esquerda, apurou o PÚBLICO, mas a data do encontro ainda não é conhecida. Já o encontro com o Livre arrancou às 19h e servirá como uma “primeira reunião exploratória” para abordar as prioridades que o Livre gostaria de ver no Orçamento.

Nos anos anteriores, os governos chefiados por António Costa têm discutido as respectivas propostas orçamentais com os partidos com assento parlamentar, excepto o Chega. E apesar da maioria absoluta conquistada pelo PS nas legislativas de Janeiro assegurar a aprovação do OE 2023, o primeiro-ministro, que prometeu liderar uma “maioria dialogante”, mantém assim as discussões com as forças parlamentares.

Numa nota enviada ao PÚBLICO pelo gabinete parlamentar do Livre, o partido representado no Parlamento pelo deputado único Rui Tavares considera que a situação “está ainda mais dramática que no último orçamento” e que, por isso, “é preciso ir mais longe nos apoios que se pode dar às pessoas”.

Em resposta ao discurso de “contas certas” do Governo, o Livre pede que o foco não esteja exclusivamente no défice e na dívida (que o Governo quer fazer descer para 110,8% do PIB em 2023), “mas sim na vida das pessoas”.

“Para o Livre a estratégia correcta deve incluir políticas de responsabilidade social que mitiguem os efeitos da inflação sobre as pessoas e sobre as famílias, proporcionando-lhes serviços públicos mais baratos ou até gratuitos, que permitam às famílias poupar dinheiro todos os meses”, lê-se na nota.

Na quarta-feira, o Governo reuniu-se com o grupo parlamentar do PCP, confirmou o partido à Lusa.

A proposta vai ser debatida na generalidade no Parlamento nos próximos dias 26 e 27 e a votação final global está agendada para 25 de Novembro.

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