Turismo rural Chão do Rio reabre depois de incêndios de Agosto

É a segunda vez em cinco anos que a unidade de Travancinha, em Seia, “renasce”. As portas voltam a abrir-se a hóspedes dia 16.

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As casas do Chão Rio parecem saídas de um conto de fadas Pedro Ribeiro
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A natureza fez o seu trabalho e regenerou-se Pedro Ribeiro
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A natureza fez o seu trabalho e regenerou-se Pedro Ribeiro

O dia 16 de Outubro está marcado “a fogo” na história da unidade de turismo rural Chão do Rio, em Travancinha (Seia) - em 2017, foi o dia em que encerrou depois da destruição dos incêndios que atingiram aquela zona do país; em 2022, será o dia em que reabre depois de novo encerramento por causa de incêndios. As casas que parecem saídas de contos de fadas - de pedra e telhados de colmo, com mansardas que se intrometem, caixilharias em madeira pintada, alpendres que invariavelmente se desenham nas fachadas - voltam a receber hóspedes num cenário que ainda recupera da destruição do fogo que por aqui passou em Agosto deste ano.

Desta vez, as consequências foram menos “drásticas”, apontam os responsáveis em comunicado de imprensa, mas ainda assim foram destruídas “algumas estruturas e cerca de metade da área da propriedade, onde se encontrava um jovem carvalhal em recuperação dos fogos de 2017”. É na parte superior da propriedade, no trilho “Sendeiro da Moira”, que a devastação da paisagem mais se revela - mas será aí também que melhor se perceberá o “trabalho de regeneração” da área florestal que se vai empreender, orientado por uma nova estratégia, “tão necessária num contexto de alterações climáticas” (e com possibilidade de participação dos hóspedes nesse esforço, através da aquisição de “Certificados de apadrinhamento da Floresta da Esperança”).

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Pedro Ribeiro
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A experiência dos hóspedes, porém, não sofrerá muitas alterações, asseguram, uma vez que “o verde regressou ao prado”, “a piscina [biológica] ainda tem nenúfares”, “as casinhas com as suas redes continuam a ‘sorrir’” e os “carvalhos grandes” mantêm-se, agora com “os tons outonais a instalarem-se”. O pequeno-almoço continuará a chegar aos hóspedes em cabazes feitos de produtos locais e o “Chão dos bichos” pode ter mudado de local (passou para o lado da horta), mas até vai receber um novo habitante (o burro Luar vai juntar-se às galinhas e às ovelhas).

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