Uso de armas nucleares terá “consequências catastróficas” para a Rússia, dizem EUA

Assessor de segurança nacional da Casa Branca diz que é preciso “levar muito a sério” o possível uso de armas nucleares pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial. Segundo Sullivan, os EUA têm sido “claros e específicos”, dizendo que Washington e os seus aliados responderão “de forma decisiva”.

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Jake Sullivan Reuters/KEVIN LAMARQUE

Os Estados Unidos alertaram este domingo Moscovo de que qualquer uso de armas nucleares terá “consequências catastróficas” para a Rússia porque Washington e os seus aliados responderão “de forma decisiva”.

“Comunicámos directamente, em privado, a níveis muito elevados com o Kremlin, que qualquer uso de armas nucleares terá consequências catastróficas para a Rússia. Que os Estados Unidos e os nossos aliados responderão de forma decisiva”, disse o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, em entrevista à CBS News.

Para o responsável norte-americano, é preciso “levar muito a sério” o possível uso de armas nucleares pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.

Num discurso na quarta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, mencionou as “armas do futuro” para advertir a NATO de que a Rússia conta com um arsenal nuclear “inigualável” que lhe permite contrariar qualquer ameaça ocidental. “Quero recordar que o nosso país também dispõe de diferentes sistemas ofensivos e, em alguns componentes, são mais modernos do que os que têm os países da NATO”, ameaçou Putin.

Segundo Sullivan, tanto em público como em privado, os Estados Unidos têm sido “claros e específicos” sobre o que implicaria um eventual uso de armas nucleares: o Governo do Presidente Joe Biden “responderá com decisão”.

Washington, acrescentou o assessor, continuará a apoiar a Ucrânia nos seus esforços para defender o país e a sua democracia e recordou que já foram entregues mais de 15 mil milhões de dólares em ajudas para armamento e sistemas de defesa aérea.

Na entrevista, Sullivan referiu-se também à actual situação do Exército russo, defendendo que a anunciada “mobilização parcial” dos cidadãos “não é exactamente um sinal de força ou de confiança”, mas sim “um sinal de que estão a sofrer muito no lado russo”.

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