O tomate roxo foi aprovado e pode entrar nos supermercados nos Estados Unidos

É a primeira vez que este tomate geneticamente modificado é a aprovado para comercialização. A empresa que o desenvolveu ainda não tem autorização para o Reino Unido ou a União Europeia, por exemplo.

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Este tomate roxo entra no mercado norte-americano 15 anos depois de ter sido criado Norfolk Plant Sciences

Há catorze anos que o tomate roxo tenta ver aprovada a sua entrada nos Estados Unidos. No próximo ano, qualquer pessoa no país pode comprar sementes de tomate roxo para plantar. Este tomate geneticamente modificado para alterar a sua cor e reforçar o valor nutritivo é um produto criado pela Norfolk Plant Sciences, uma empresa britânica criada por dois investigadores da Universidade de East Anglia (Reino Unido).

Cathie Martin e Jonathan Jones formam a dupla que criou este tomate roxo e que aguardava novidades do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) desde 2008, depois de terem criado este novo produto no ano anterior. Os objectivos desde organismo geneticamente modificado são simples: aumentar os benefícios para a saúde e enaltecer os efeitos nutritivos.

Para isso, os cientistas usar uma modificação genética simples que instrui as plantas a produzir níveis mais elevados de antocianinas, um pigmento que podemos encontrar em amoras, por exemplo – e que ajuda a dar uma cor diferente a este tomate. Mas não só, este tipo de antioxidantes também tem sido associado com um reduzido risco de doença cardíaca ou diabetes.

O tomate roxo agora aprovado advoga ainda que pode ter impacto na prorrogação da vida útil. Isto porque, num estudo datado já de 2008 e publicado na Nature Biotechnology, a incorporação destes tomates geneticamente modificados na dieta de ratinhos propensos a desenvolver cancro aumentou o tempo de vida em 30%, quando comparados com ratinhos semelhantes que não comeram estes tomates. Estes resultados benéficos para a saúde nunca foram demonstrados em humanos.

Cathie Martin não parou de trabalhar com novas formas de redefinir este fruto ao longo do ano. No passado mês de Maio, a investigadora do Centro John Innes da Universidade de East Anglia conseguiu fazer com que o tomate acumulasse vitamina D3, com o intuito de mitigar a falta desta vitamina em mais mil milhões de pessoas em todo o mundo. Este ainda não está para comercialização.

A distribuição do tomate da Norfolk Plant Sciences deverá começar na próxima primavera, sendo que a empresa já comunicou que tem tido centenas de interessados através do seu site intitulado Big Purple Tomato.

É a primeira aprovação que a empresa tem para a comercialização de sementes e dos tomates roxos. Quando forem postos à venda em bancas norte-americanas, os tomates roxos continuarão sem permissão para circular no Reino Unido e na União Europeia.

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