O homem que, sem querer, mudou o mundo

O Gorbatchov que conta é o que abriu as portas à esperança. Para esse, como dizia uma célebre capa do PÚBLICO de 1991, há uma palavra: “Obrigado.”

Quando morrem, os homens que mudam o mundo nunca escapam ao julgamento do que deixaram para a posteridade. Poucos, porém, serão sujeitos a tão intensas e tão distintas avaliações como Mikhail Gorbatchov. Para uns, ele destruiu a utopia comunista que alimentou sonhos e esperanças de várias gerações. Para outros, derrubou um regime anacrónico e totalitário que estava a cair de podre. Muitos vêem-no como um herói. Outros, como um traidor. Na oposição e na irredutibilidade das opiniões, há certezas: ele “descongelou a História”, na feliz expressão de Vicente Jorge Silva. E fez com que o brutal século XX acabasse em 1990, como notou o historiador marxista Eric Hobsbawm.

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