Os reformados não podem esperar…

Para os subscritores da petição “Repor o poder de compra das pensões” torna-se óbvio que os reformados não podem esperar que a inflação desça e a justa valorização das pensões aconteça.

Um grupo de reformados e aposentados conscientes da necessidade de dar expressão a uma justa exigência de reposição do seu poder de compra, pela valorização das suas pensões, substitutivas do rendimento do trabalho, no âmbito da segurança social pública, universal e solidária, subscreve uma petição online exigindo a reposição do poder de compra pela justa valorização das suas pensões.

O aumento da inflação, agravada pela guerra, e com a tendência para ficar durante mais tempo do que se esperava, tem gerado o aumento da escalada de preços de bens essenciais com maior repercussão em camadas sociais da população com rendimentos dependentes exclusivamente dos valores dos seus salários e de pensões; é o caso de milhares de reformados, pensionistas e idosos que auferem pensões mínimas em que este aumento extraordinário de 10 euros (correspondente à metade do valor da inflação) não passou de uma miragem, que se defrontam, no seu quotidiano, com a necessidade de garantir a aquisição de bens essenciais para se alimentar, utilizar o gás e a energia, pagar os custos dos medicamentos e pagar a sua habitação, face ao brutal aumento de preços de bens.

Como justa é a necessidade da valorização das pensões contributivas da grande maioria de reformados com longa carreira contributiva realizada durante a sua atividade profissional e que justamente reclama a sua atualização a que tem direito e que há décadas vê os valores das suas pensões congeladas.

Uma pretensão e uma petição igualmente justa, dirigida à Assembleia da República, no momento em que nos defrontamos com factos reveladores da acumulação, não previstos, de proventos e de lucros resultantes da cobrança de impostos e de acumulação de lucros das atividades de grandes grupos empresariais da banca, dos produtos energéticos e das grandes cadeias de distribuição de produtos alimentares.

Para os subscritores desta petição “Repor o poder de compra das pensões” torna-se óbvio que viver mais tempo deve exigir viver melhor, contribuindo deste modo para que o direito a envelhecer com dignidade constitua o paradigma do envelhecimento ativo e os reformados não podem esperar que a inflação desça e a justa valorização das pensões aconteça.

O autor escreve segundo o novo acordo ortográfico

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