Foodtopia, 50 chefs conquistaram os lisboetas num festival utópico com muita comida

Os lisboetas e muitos estrangeiros encheram o Jardim Botânico Tropical nos dois dias do novo festival de comida de rua da capital.

festival,alimentacao,gastronomia,fugas,lisboa,turismo,
Fotogaleria
O chef brasileiro Alex Atala não parou de fazer selfies com os muitos fãs Gonçalo Villaverde
festival,alimentacao,gastronomia,fugas,lisboa,turismo,
Fotogaleria
A guineense Dulce Silva cozinhou frango com molho de amendoim Gonçalo Villaverde
festival,alimentacao,gastronomia,fugas,lisboa,turismo,
Fotogaleria
Gonçalo Villaverde
festival,alimentacao,gastronomia,fugas,lisboa,turismo,
Fotogaleria
Jenifer Duke e Anh Dao, a dupla do Tricky's Gonçalo Villaverde
fugas,
Fotogaleria
Alex Atala à conversa com Joana Barrios Gonçalo Villaverde
Flor
Fotogaleria
Os actores responsáveis pela animação Gonçalo Villaverde
,comida de rua
Fotogaleria
Gonçalo Villaverde
fugas,
Fotogaleria
As formigas amazónicas de Alex Atala Gonçalo Villaverde
fugas,
Fotogaleria
O público encheu o Jardim Botânico Tropical Gonçalo Villaverde

“Já comeste as formigas do Alex Atala?”. Esta foi, provavelmente, a pergunta mais repetida no Foodtopia – A Feast of Food and Stories, o grande festival gastronómico organizado pela Amuse Bouche, cuja primeira edição aconteceu nos dias 3 e 4 no Jardim Botânico Tropical, em Lisboa. A banca do chef brasileiro, do restaurante D.O.M, de São Paulo, teve sempre uma fila enorme, mas o tempo de espera não demovia os entusiastas, que queriam fazer uma selfie com Atala, e, claro, provar as famosas formigas amazónicas com as quais ele temperava o pernil de porco.

A adesão ultrapassou as expectativas dos organizadores. No sábado, o primeiro dia do festival, quem chegasse pelas cinco da tarde sem bilhete comprado previamente já não conseguia comprar à porta. A lotação já estava esgotada e vários chefs tiveram que reforçar os seus stocks de alguns ingredientes para dar resposta aos visitantes que passavam pelas bancas espalhadas pelo jardim e queriam provar tudo o que conseguissem.

Foto
A ouvir as conversas no espaço dedicado à partilha de histórias Gonçalo Villaverde

O jardim estava transformado numa espécie de espaço encantado, com panos coloridos sobre a relva, para as pessoas se sentarem, e luzes de várias cores a iluminar as árvores. De vez em quando, figuras meio humanas meio fantásticas, mistura de pessoa e natureza, passavam por nós, lançando pequenas provocações. Na sua banca, Pedro Almeida, do Midori, Penha Longa, Sintra, apresentava uma beringela cozinhada de diferentes maneiras; logo ao lado, David F. Jesus, do Seiva, em Leça da Palmeira, publicitava com grande animação o seu gaspacho.

O grande trunfo deste festival de comida de rua – que tem o apoio do Turismo de Portugal e que nesta edição de estreia se associou à Temporada Cruzada Portugal-França, com a presença de vários chefs franceses – é a diversidade. Ao lado de chefs com estrelas Michelin e com nomes famosos como Rui Paula (Casa de Chá da Boa Nova, Leça da Palmeira), Henrique Sá Pessoa (Alma, Lisboa), Hans Neuner (Ocean, Porches, Algarve) ou Alexandre Silva (Loco e Fogo, Lisboa) estava, por exemplo, Dulce Silva, cozinheira guineense que trouxe ao Jardim Botânico Tropical o seu frango com molho de amendoim. Ou a dupla do recém-inaugurado Tricky’s, no Cais do Sodré, a norte-americana Jenifer Duke e a cozinheira Anh Dao, francesa filha de pais vietnamitas, a servir stracciatella com legumes salteados.

Foto
Com o cair da noite, as árvores do Jardim Botânico Tropical foram iluminadas com várias cores Gonçalo Villaverde

Mas sendo esta uma festa de “comida e histórias”, num pequeno palco, Joana Barrios dirigia conversas – os temas iam da “poesia da comida” à história do pão ou às formigas da Amazónia – com vários convidados, desde o incontornável Alex Atala ao inconfundível padeiro Mário Rolando, para um público que, sentado na relva, ouvia enquanto ia experimentando mais um prato ou bebendo uma cerveja ou um copo de vinho. E para quem não quisesse ficar na relva, existiam mesas espalhadas pelo jardim. Foi a utopia da comida num jardim encantado. Uma primeira edição com a promessa de mais. E assim Lisboa passa a ter um grande festival de comida de rua.

Sugerir correcção
Comentar