Ryanair enfrenta este mês nova vaga de greves na Europa

Tripulantes de cabine belgas e italianos juntam-se às acções de protesto dos trabalhadores de Portugal, Espanha e França previstas para os dias 24 a 26, no último fim-de-semana deste mês.

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Grupo Ryanair é liderado por Michael 0'Leary Nuno Ferreira Santos

A Ryanair vai sofrer uma série de greves a partir do próximo dia 24, uma sexta-feira, que unem tripulantes de cabine de Portugal, Espanha, Bélgica, Itália e França.

Se para Portugal já estavam marcadas acções de protesto por parte do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) para 24, 25 e 26 de Junho, a que se juntavam os seus congéneres de Espanha (que paralisam depois de seguida nos dias 30 de Junho, 1 e 2 de Julho), agora juntam-se os belgas (também nos dias 24, 25 e 26) e os italianos e os franceses (dia 25). Por parte dos franceses, os tripulantes de cabine associados do SNPNC-FO já estiveram em greve no passado domingo e segunda-feira.

O reforço das acções de protesto foi apresentado esta sexta-feira, através de um comunicado conjunto dos sindicatos envolvidos. Em Maio, um documento subscrito por dois sindicatos belgas, dois espanhóis, um italiano e outro francês, além do português SNPVAC, já tinha defendido que “a gestão por medo” na Ryanair tinha de parar, prometendo, depois de recordar as greves realizadas em 2018, novas acções de luta este Verão.

Por parte do sindicato português, este afirmou na terça-feira que “a Ryanair, após não conseguir chegar a acordo com o SNPVAC, exclusivamente por exigirmos que o Acordo de Empresa (AE) negociado deveria cumprir com as regras estabelecidas na legislação portuguesa, conseguiu negociar e aprovar um AE que integra cláusulas ilegais com outro sindicato”.

Segundo o SNPVAC, a companhia aérea “não demonstrou vontade de emendar condutas e cumprir com o estabelecido na lei portuguesa”, acrescentando que, entre outros aspectos, que “as condições de trabalho se têm deteriorado, por culpa exclusiva do comportamento persecutório da empresa” e que a Ryanair “continua a tratar os trabalhadores sem o mínimo de dignidade e probidade inerente à posição de empregadora”.

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