Angelo Sodano (1927-2022), o poderoso cardeal para quem os abusos eram apenas “mexericos mesquinhos”

O cardeal italiano, que dominou o aparelho de Estado do Vaticano durante os pontificados de João Paulo II e Bento XVI, foi instrumental no encobrimento de vários casos de abuso sexual na Igreja Católica.

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O cardeal Sodano era, também, um diplomata exímio. Em 1984, foi instrumental na mediação que ajudou a resolver um conflito de décadas entre Chile e Argentina sobre as ilhas do canal Beagle ALESSANDRO BIANCHI

Uma folha não se mexe no Vaticano a menos que o cardeal Sodano queira, dizia-se nos corredores da Santa Sé. Tal era o poder do italiano Angelo Sodano, que chefiou a secretaria de Estado durante 15 anos durante os pontificados de João Paulo II e Bento XVI e que morreu a 27 de Maio, aos 94 anos. A sua longa carreira, de 60 anos, ao serviço da Igreja Católica ficará para sempre marcada, no entanto, pelo encobrimento de vários casos de abuso sexual.

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