Plano de liquidação do BES só cobre 3% dos créditos e não tem prazos

O banco falido tem um activo de 174 milhões de euros para satisfazer créditos de cinco mil milhões de euros. E não há quaisquer metas temporais para o pagamento destes créditos.

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Reuters/RAFAEL MARCHANTE

Quase seis anos depois do início do processo de insolvência do Banco Espírito Santo (BES), a comissão liquidatária do banco falido concluiu o plano de liquidação, documento onde, de acordo com a lei, se apresenta o activo disponível para ressarcir os credores e se definem os prazos para a conclusão desses pagamentos. Essa é a teoria, mas a complexidade e dimensão do BES extravasam os cenários previstos na legislação. E os liquidatários avisam os credores disso mesmo, dizendo não ser “realista” traçar metas temporais “com demasiada precisão”. Mesmo que houvesse prazos, a probabilidade de os credores virem a receber parte do que perderam é quase nula, tendo em conta que o activo do BES cobre pouco mais de 3% dos créditos reconhecidos.

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