Mais de metade dos jovens portugueses admite fazer sexo sem preservativo

Estudo revela que 55% dos adolescentes que estão actualmente numa relação de namoro que inclua sexo admitem não usar sempre preservativo.

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MIGUEL MANSO

Mais de metade dos jovens numa relação admite não usar sempre o preservativo, método contraceptivo que evita a transmissão de doenças e infecções, avança esta quinta-feira o Jornal de Noticias.

A notícia cita um estudo que será apresentado esta quinta-feira pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, em conjunto com a Associação para o Planeamento da Família e o Centro Lusíada de Investigação em Serviço Social.

De acordo com o mesmo estudo, a maioria dos jovens utilizou, no ano passado, o preservativo na sua primeira relação sexual para evitar uma gravidez. Porém, o uso deste método contraceptivo diminuiu face a 2008.

Enquanto em 2008 97% dos rapazes disseram ter usado preservativo, no ano passado, o número diminuiu para os 88,4%.

Ao mesmo tempo, 55% dos adolescentes que estão actualmente numa relação de namoro que inclua sexo admitem não usar sempre preservativo, o que mostra que correm riscos.

Entre as 2319 respostas a um inquérito online, dos estudantes que tiveram relações sexuais, 59% dizem usar a pílula e 24% interromper o coito como forma de evitar uma gravidez. Mas a preocupação com as doenças sexualmente transmissíveis parece estar agora em segundo plano.

Maria Manuel Vieira, uma das coordenadoras do estudo que falou ao Jornal de Notícias, admite que “há um menor conhecimento da sexualidade face a 2008”. “Nesse ano, havia um foco muito acentuado nas questões da sida. Essa poderá ser uma das razões para que os jovens estivessem mais alertados para as doenças sexualmente transmissíveis.”

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