Espanhóis tentam segurar vantagem na luta pelas meias-finais

O Real Madrid recebe o Chelsea e parte com uma margem confortável. O Villarreal terá tarefa mais difícil em Munique para seguir em frente na Liga dos Campeões.

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EPA/NEIL HALL

Para já, a vantagem é espanhola, mas a segunda mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, que começará a ser disputada esta terça-feira, a partir das 20h, terá, em teoria, graus de dificuldade bem diferentes para o Real Madrid e para o Villarreal. A equipa madridista tem pé e meio nas meias-finais, após ter derrotado, há uma semana, o Chelsea em Stamford Bridge (1-3), mas o clube dos arredores de Valência terá uma enorme montanha para escalar: defender uma vantagem de apenas um golo no Allianz Arena, contra o Bayern Munique.

O frente-a-frente entre Chelsea e Real Madrid era o duelo cabeça de cartaz dos quartos-de-final. Os londrinos defendem o título conquistado há um ano no Estádio do Dragão, após vencerem nas meias-finais os “merengues”, mas, desta vez, a instabilidade que os “blues” atravessam desde que foram anunciadas sanções a Roman Abramovich afectou directamente o dia-a-dia dos londrinos, resultando numa clara quebra de rendimento: após dez vitórias e um empate, o Chelsea iniciou o confronto com o Real Madrid na ressaca de uma das piores derrotas sofridas em casa (1-4 contra o Brentford).

E, na verdade, o jogo da primeira mão, disputada há uma semana, confirmou que o desaire no derby de Londres não foi apenas um dia mau para a equipa de Thomas Tuchel. Claramente superior e aproveitando uma sucessão de erros dos “blues”, o Real Madrid, com Benzema como actor principal, deu um passo de gigante para voltar às “meias” da Champions.

A derrota em Stamford Bridge, por 1-3, coloca, admitiu Tuchel, o “desafio numa fasquia incrivelmente alta” para o Chelsea, e o técnico alemão, procurando retirar pressão à sua equipa, afirmou ser “improvável” que haja uma reviravolta no Santiago Bernabéu. Porém, garante, “vale a pena tentar e tentar significa jogar no limite”, esperando uma “grande noite e um grande jogo” para a equipa de Londres.

Do lado dos líderes da Liga espanhola, Carlo Ancelotti fez o inverso de Tuchel. O treinador italiano procurou colocar cautelas do lado do Real, advertindo que “as grandes equipas nunca desistem” e “o Chelsea tentará vencer”. “Nenhuma equipa pode dizer que vai ganhar. Nesta competição há muitas coisas que contam para além da táctica. Temos muito respeito pelo Chelsea e estamos preparados para sofrer”, concluiu Ancelotti.

Em Munique, a incerteza quanto ao desfecho da eliminatória parece ser maior. Após ter perdido, há uma semana, no La Cerámica, por 1-0, Julian Nagelsmann considera que, desta vez, o Bayern Munique não pode “dar ao Villarreal o tempo” de que os espanhóis necessitam “para encontrarem o seu ritmo”. Para este jogo, o Bayern não terá disponíveis Süle, Tolisso e Choupo-Moting.

Habituado ao sucesso na Liga Europa, prova que já conquistou por quatro vezes, Unai Emery refere que para ficar a apenas uma eliminatória da final, a sua equipa terá que mostrar “muito respeito pelo Bayern”. “Sabemos que estão habituados a marcar muitos golos em casa e que isso é normal para eles. Eles também terão respeito por nós, mas sabem que, se se apresentarem no seu melhor, são os favoritos”, reconheceu o treinador espanhol.

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