Movimento TVDE diz que ajuda anunciada é curta mas “minimiza problema grave”

Ministro da Economia afirmou ontem que haverá um apoio de 30 cêntimos por litro de combustível que será “pago numa só vez”, mas desconhece-se ainda o valor máximo desse auxílio.

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Movimento luta “pela união e melhorias” do sector de TVDE Rui Gaudencio

O Movimento TVDE considerou hoje que o apoio de 30 cêntimos por litro de combustível devido à escalada dos preços da energia é uma ajuda “muito curta”, mas que acaba por “minimizar o problema grave para todo o sector”.

Esta segunda-feira, entre outras medidas, o ministro da Economia anunciou que haverá para os transportes de mercadorias por conta de outrem (veículos até 3,5 toneladas) e para os TVDE (transporte de passageiros ligado a plataformas como a Uber) um apoio “de 30 cêntimos por litro de combustível e de AdBlue”, num total de litros calculado a partir de uma média de consumo a apurar, e que será “pago numa só vez”, tal como o apoio a conceder aos autocarros de passageiros e táxis.

“Vemos com bons olhos essa ajuda, embora achemos que é uma ajuda muito curta em comparação com outros sectores. Mas acaba por minimizar o problema grave para todo o sector que é o aumento dos combustíveis”, disse Diogo Fernandes, do Movimento TVDE. Desconhece-se, no entanto, o valor máximo do apoio a conceder e a data em que estará disponível.

Diogo Fernandes explicou que na reunião que o movimento teve com o ministro do Ambiente e da Acção Climática, Matos Fernandes, na quarta-feira passada, foi clarificado que os TVDE “não tinham o mesmo estatuto que o táxi e os transportes públicos, vulgo autocarros”. No entanto, de acordo com o responsável, foi-lhes dito que iriam “verificar dentro das possibilidades uma ajuda para o sector TVDE”.

O Movimento TVDE, que junta empresas parceiras das plataformas e motoristas, tem vindo nos últimos dois meses a manifestar-se às quartas-feiras para exigir, entre outros, mais fiscalização, uma taxa fixa nos serviços e uma extensão do prazo das matrículas de sete para 10 anos. Neste último caso, o Governo já afirmou que está a analisar o prolongamento de três anos para as viaturas de TVDE “de modo a minimizar a imposição de investimentos avultados no actual contexto de recuperação da pandemia e de aumento dos custos de combustíveis”.

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