Ataque russo próximo de território da NATO faz 35 mortos. Armas químicas são “linha vermelha”, avisa Polónia

Presidente polaco deixa recado a Moscovo: se Putin usar armas químicas, a NATO pode ser obrigada a intervir. Ucrânia diz que russos largaram bombas de fósforo branco. Rússia atacou base militar a 25 quilómetros da Polónia.

,2022 invasão russa da Ucrânia
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Ataque provocou 134 feridos Reuters/KAI PFAFFENBACH
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Mísseis causaram danos a veículos e outras infra-estruturas Reuters/ROMAN BALUK
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Há 35 mortos a registarD Reuters/KAI PFAFFENBACH
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Danos provocados a base militar Reuters/@BACKANDALIVE
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Reuters/KAI PFAFFENBACH
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Destruição provocada por ataque russo Reuters/@BACKANDALIVE

Na madrugada deste domingo, a Rússia atacou uma base militar ucraniana na cidade de Yavoriv, alvo a apenas 25 quilómetros de distância da fronteira com a Polónia, um dos países que integra a NATO. De acordo com os mais recentes balanços do Governo regional de Lviv, os mísseis disparados contra o Centro Internacional para a Manutenção da Paz e Segurança provocaram 35 mortos e 134 feridos.

A base de Yavoriv foi um dos principais centros usados ​​para exercícios militares conjuntos entre as forças ucranianas e da NATO antes do conflito. É também a esta base que chega parte da ajuda militar entregue à Ucrânia pelos países ocidentais.

O ataque deste domingo ocorre depois de a Rússia ter ameaçado atingir o armamento que os países ocidentais estão a enviar para a Ucrânia, incluindo sistemas de defesa aérea portáteis e sistemas de mísseis antitanque.

Ainda este domingo, o Presidente da Polónia, Andrzej Duda, deixou um aviso a Vladimir Putin: o uso de de armas químicas é uma “linha vermelha” para a NATO. Se o Kremlin recorrer a estas estratégias, haverá uma mudança das “regras do jogo” neste conflito entre Ucrânia e Rússia, prevê o responsável em entrevista à BBC.

“Se ele [Putin] usar armas de destruição maciça, vai mudar as regras do jogo”, alertou Andrzej Duda, considerando que a NATO terá de “pensar seriamente” nas próximas acções.

O secretário-geral da NATO, o norueguês Jens Stoltenberg, já tinha alertado este domingo para a possibilidade de a Rússia recorrer ao uso de armas químicas durante o conflito. Em entrevista ao jornal alemão Welt am Sonntag, o responsável reconheceu a coragem e determinação da resistência ucraniana, mas mostrou receio quanto ao desfecho dos próximos dias.

O exército russo terá feito ataques com bombas de fósforo branco na noite de sábado, acusa o chefe da polícia da cidade de Popasna, a 100 quilómetros a oeste de Lugansk, no leste da Ucrânia.

“Isto é o que os nazis chamavam uma ‘cebola queimada’ e é isto que os ‘russistas’ (combinação de russos com fascistas, segundo nota de redacção da AFP) estão a desencadear nas nossas cidades. Sofrimento e incêndios indescritíveis”, escreveu Oleksi Bilochytsky na rede social Facebook, embora esta informação não tenha sido ainda verificada.

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