Vendas da Prada cresceram em 2021

Com sede em Milão, a Prada, conhecida pelo seu design minimalista, estava no meio de uma mudança de estratégia quando foi apanhada pela crise da covid-19, que obrigou as lojas a fechar por todo o mundo.

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Embora o crescimento seja constante, a Prada continua atrás dos líderes do sector, a Louis Vuitton e a Hermes Reuters/ARND WIEGMANN

As vendas da Prada recuperaram acentuadamente em 2021, pois se a pandemia reprimiu a procura por malas e roupas de luxo, com o fim dos confinamentos, um pouco por todo o mundo, esta voltou a disparar para níveis pré-pandemia, justifica o grupo de moda italiano.

A Prada anunciou, na terça-feira, que as vendas do grupo, no ano passado, subiram 41% a taxas de câmbio constantes, para 3,364 mil milhões de euros, 8% acima dos níveis de 2019. Trata-se do primeiro grande grupo de luxo a divulgar os seus resultados. Nesta quarta-feira é a vez da Richemont e Burberry; e a LVMH fá-lo-á na próxima semana.

Com sede em Milão, a Prada, conhecida pelo seu design minimalista, estava no meio de uma mudança de estratégia quando foi apanhada pela crise da covid-19, que obrigou as lojas a fechar por todo o mundo. Mas, como outros grupos de luxo, a Prada emergiu com força, graças ao desejo entre os consumidores confinados de se mimar com compras sofisticadas.

Ao contrário de outras indústrias, esta não foi atingida pelos problemas da cadeia de abastecimento que outras sentiram porque a Prada produz sobretudo na Europa.

Em Novembro, a Prada estabeleceu uma meta de vendas de médio prazo de 4,5 mil milhões de euros e o valor para 2021 ficou acima de uma estimativa de 3,28 mil milhões de euros, segundo analistas citados pelo UBS. O grupo, que não deveria divulgar os resultados do ano inteiro antes de Março, disse que as vendas aceleraram particularmente no segundo semestre do ano passado, graças à sua rede de retalho, que cresceu 27% em relação a 2020 e 21 % em relação a 2019, incluindo e-commerce.

“O Grupo Prada tem a capacidade e os recursos para se diferenciar e cumprir seus objectivos de crescimento futuro”, declarou o CEO Patrizio Bertelli, que anunciou em Novembro que poderia entregar a direcção da empresa de moda familiar ao filho Lorenzo, no prazo de três a quatro anos.

Embora as vendas da Prada, em 2021, ainda estejam abaixo do recorde dos 3,6 mil milhões de euros obtidos em 2013 e as taxas de crescimento fiquem atrás das líderes do sector Louis Vuitton e Hermes, a recuperação tem sido consistente e os analistas dizem que o impulso para a marca italiana é forte.

Os analistas do UBS estimam que, salvo uma surpresa desagradável no último trimestre, as empresas de bens de luxo terão terminado 2021 com um aumento médio de 30% nas vendas em moedas constantes, o que elimina o efeito das flutuações da taxa de câmbio, com as vendas do grupo superando o nível de 2019 em torno de 10 %.

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