E se houver guerra?

Basta esta pergunta para perceber o momento particular que estamos a viver. E basta a resposta generalizada da maioria dos especialistas para perceber que a pergunta está longe de ser retórica.

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1. Talvez seja defeito profissional, mas há qualquer coisa de estranho no facto de não haver uma palavra sobre a Europa e o mundo nos mais de 30 debates a que assistimos nas duas últimas semanas entre os líderes de nove partidos que se apresentam às eleições de 30 de Janeiro. Haverá, talvez, várias justificações para isso. São debates com 25 minutos que mal chegam para debater a política interna, que é o que verdadeiramente interessa aos eleitores. Há demasiados problemas internos por resolver para “perdermos tempo” com o que se passa fora das nossas fronteiras – este é, aliás, o argumento preferido pelo PCP, quando alguém fala de Cuba ou da Venezuela. Noutras eleições anteriores também raramente se debateu a política europeia, embora ela condicione fortemente a nossa vida e o nosso futuro. Outra razão normalmente lembrada quando esta questão se põe é o tradicional consenso entre PS e PSD em matéria de política externa, sobretudo europeia, que já vem praticamente desde a nossa adesão à União Europeia.

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