Caso EDP: Manuel Pinho vai passar a noite detido. Medidas de coação conhecidas na quarta-feira

O antigo ministro foi constituído arguido no âmbito do caso EDP no Verão de 2017, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo.

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Manuel Pinho foi constituído arguido no âmbito do caso EDP daniel rocha

As medidas de coação do antigo ministro Manuel Pinho só vão ser conhecidas na quarta-feira, confirmou esta terça-feira o advogado do casal, depois do interrogatório realizado pelo juiz Carlos Alexandre no âmbito do caso EDP.

Segundo Ricardo Sá Fernandes, o ex-governante vai passar esta noite detido no Comando Metropolitano da PSP, em Moscavide, enquanto Alexandra Pinho, cujo mandado de detenção emitido de manhã veio a ser posteriormente anulado, saiu do Campus da Justiça sem prestar declarações aos jornalistas e com o estatuto de arguida, depois de cerca de cinco horas e meia de inquirição no Tribunal Central de Instrução Criminal.

Manuel Pinho foi constituído arguido no âmbito do caso EDP no Verão de 2017, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo. No processo EDP/CMEC, o Ministério Público imputa aos antigos administradores António Mexia e Manso Neto, em co-autoria, quatro crimes de corrupção activa e um crime de participação económica em negócio.

O caso está relacionado com os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) no qual Mexia e Manso Neto são suspeitos de corrupção e participação económica em negócio para a manutenção do contrato das rendas excessivas, no qual, segundo o Ministério Público, terão corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade.

O processo tem ainda como arguidos o administrador da REN e antigo consultor de Manuel Pinho, João Conceição, o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade, Pedro Furtado, responsável de regulação na empresa gestora das redes energéticas e o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado.

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