Recorde de estudantes no ensino superior com quase 412 mil inscritos em 2020/2021

Segundo o balanço divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, estiveram inscritos no último ano lectivo 411.995 mil estudantes, “um novo máximo histórico”.

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Miguel Manso

O número de estudantes no ensino superior atingiu um recorde com quase 412 mil inscritos no ano lectivo passado, segundo dados da Direcção-Geral do Ensino Superior que apontam para a maior taxa de crescimento anual da última década. Segundo o balanço divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, estiveram inscritos no último ano lectivo 411.995 mil estudantes, “um novo máximo histórico”.

Comparativamente ao ano anterior, são mais 15 mil inscritos, o que representa um aumento de 4% que é também um recorde: neste caso, a taxa de crescimento anual mais elevada na última década. “Mostra ainda uma evolução crescente e contínua do ciclo de expansão do ensino superior verificado desde 2015, ano em que o número de inscritos no Ensino Superior era inferior a 350 mil”, acrescenta a nota do ministério. Até agora, o máximo de alunos inscritos no ensino superior tinha sido registado no ano lectivo 2010/2011, com cerca de 403 mil estudantes.

Outros dados da Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES) divulgados nesta quinta-feira mostram ainda que oito em cada 10 universitários estão inscritos no ensino superior público, mas em termos percentuais o aumento em relação ao ano anterior foi ligeiramente maior no privado (5% em comparação com 4% no público).

Entre o ensino politécnico e o universitário, o maior crescimento foi nos institutos politécnicos, que tiveram 150 mil alunos inscritos (37% do total), registando um aumento de 5%. Nas universidades, com um total de 261 mil estudantes, o aumento foi de 3%.

Dos 412 mil estudantes do ensino superior no ano passado, pouco mais de metade (57%) estavam inscritos em licenciatura. Nos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP) superou-se pela primeira vez os 18 mil estudantes.

“Este dinamismo confirma como as formações de curta duração oferecidas pelos Politécnicos em colaboração com o tecido produtivo têm permitido reforçar a base social do ensino superior através da consolidação de novos percursos de qualificação da população”, escreve a tutela. Com 16% dos inscritos, os mestrados também cresceram no ano passado e o número de alunos em doutoramento subiu acima da média (8%), registando também um novo máximo histórico, com 23.544 inscritos. Por área, as chamadas áreas STEAM (ciências, tecnologias, engenharia, artes e matemática) concentravam 60% do total dos alunos.

Entre essas, as tecnologias de informação e comunicação destacam-se como a mais dinâmica, registando um aumento de 8,1% em relação ao ano anterior e quase duplicando em sete anos o número de inscritos, que passaram de seis mil em 2014/2015 para cerca de 12 mil no ano passado.

O número de alunos que escolheram Portugal para frequentar o ensino superior depois de concluírem o secundário no estrangeiro também tem vindo a aumentar nos últimos anos, atingindo no último ano os 47 mil inscritos. “Estes estudantes crescem 179% face a 2015 e 7% face ao ano anterior, o que é particularmente relevante num ano marcado por fortes restrições à mobilidade internacional”, sublinha o ministério.

No ano passado, o número de estudantes que se candidataram ao concurso nacional de acesso ao ensino superior foi o maior desde 1996, atingindo os 62.675. Este ano, esse recorde foi superado com cerca 64 mil candidatos.

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