Aparências e tendências subterrâneas

A vitória do PS esconde uma quebra mais ou menos generalizada nos grandes centros urbanos (salvo pequena subida em Braga) e suburbanos onde era governo.

1. É verdade, o PS permanece largamente o maior partido autárquico, refletindo um predomínio que tem 12 anos e que historicamente se acentua com permanências mais ou menos longas no poder central - que é aquilo que não sabemos se o PS assegurará em 2023. Em termos globais, o PS (incluindo coligações com partidos menores em que se envolveu) manteve praticamente a sua votação (37,8%-37,6%). Mas esta vitória esconde uma tendência subterrânea: uma quebra mais ou menos generalizada nos grandes centros urbanos (salvo pequena subida em Braga) e suburbanos onde era governo, com relativa exceção de alguns municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP), compensada por perdas nos dois maiores, Porto e Gaia, ou o reforço em Almada, que se explica fundamentalmente pela regra de que sempre que o desafio da CDU podia pôr em perigo câmaras socialistas, votantes da direita fizeram, como já faziam, voto útil no PS.

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