Covid-19. EUA aprovam terceira dose da Pfizer para maiores de 65 anos e grupos de risco

O grupo de pessoas em risco consiste em trabalhadores da saúde, professores, prestadores de cuidados, funcionários de supermercado, sem-abrigo e prisioneiros. A FDA optou por seguir o conselho do seu comité consultivo, um painel que inclui epidemiologistas e especialistas em doenças infecciosas.

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A FDA optou por seguir o conselho do seu comité consultivo, um painel que inclui epidemiologistas e especialistas em doenças infecciosas Reuters/STEPHANE MAHE

O organismo que regula a comercialização de medicamentos nos Estados Unidos autorizou a administração da terceira dose da vacina da Pfizer a pessoas com mais de 65 anos e também a idosos em risco de saúde ou especialmente expostos à covid-19.

O grupo de pessoas em risco consiste em trabalhadores da saúde, professores, prestadores de cuidados, funcionários de supermercado, sem-abrigo e prisioneiros, explicou a Agência de Alimentos e Fármacos (FDA, na sigla em inglês).

“A decisão de hoje [quarta-feira] demonstra que a ciência e os dados actualmente disponíveis continuam a orientar a tomada de decisões da FDA para as vacinas covid-19 durante esta pandemia”, frisou a directora da FDA, Janet Woodcock, numa declaração.

A FDA optou por seguir o conselho do seu comité consultivo, um painel que inclui epidemiologistas e especialistas em doenças infecciosas.

Um painel de peritos dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), a principal agência federal de saúde pública do país, também se reuniu na quarta-feira para discutir o assunto. Espera-se que o CDC emita recomendações detalhadas para os profissionais que irão administrar as terceiras doses, incluindo o que se entende exactamente pelo termo “alto risco”.

A decisão da FDA difere do que foi anunciado pela administração de Joe Biden, que tinha assegurado que seria lançada uma vasta campanha de vacinas da Pfizer e da Moderna a partir da semana de 20 de Setembro, para todos os norte-americanos e oito meses após a sua segunda injecção. O Governo apontou para dados precoces que mostram que a eficácia de ambas as vacinas começou a diminuir com o tempo nas pessoas que já estão vacinadas.

O conselheiro do governo para a crise da covid-19, o imunologista Anthony Fauci, rejeitou no domingo a ideia de que a decisão dos peritos de saúde constituía um revés para o governo.

A Moderna apresentou dados iniciais à FDA no início de Setembro que demonstram a eficácia de uma dose impulsionadora, mas que ainda precisam de ser analisados. A Johnson & Johnson entregou estes dados na terça-feira.

Esta é uma medida que a Organização Mundial de Saúde (OMS) desaprovou em várias ocasiões porque acentua as desigualdades na vacinação entre países ricos e pobres. Segundo a OMS, seria simultaneamente mais ético e mais pragmático do ponto de vista da saúde pública vacinar primeiro o maior número possível de pessoas.