Os incorruptíveis contra a droga

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La Loi de Teheran é um dos grandes sucessos de sempre entre os espectadores iranianos, um filme de género sobre o combate à droga: em baixo, Navid Mohammadzadeh (o traficante) e Payman Maadi (o polícia)

As vidas da memória são imprevisíveis... Dei comigo nisto, uma divagação, a meio de um “há muito, muito tempo”, quando estava a ser transportado para o ano 2000, Festival de Veneza, edição em que se deu a estreia mundial de O Círculo, de Jafar Panahi. No ecrã, há dias numa sala francesa, eis aquilo que serviu de “madalena”: uma longa, esgotante sequência, a perseguição entre um polícia e um traficante de droga, com que um filme abriu as hostilidades. Melhor: a sequência que lançou esse filme e em que esse filme se lançou, para a qual se atirou mesmo a correr . Assim se mostrou La Loi de Teheran, de Saeed Roustayi. E o transporte, então: levou-me para um corrupio de vultos a esvoaçar num jogo de escondidas, de revelação e de ocultação, como que desenhando linhas circulares que pareciam nunca mais acabar e que se estancaram apenas quando o rectângulo de uma janela de cárcere se fechou sobre mulheres em fuga em Teerão. Fim.

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